Lisboa - As autoridades de investigação angolana estarão a procura de uma mulher identificada por “Olivia” implicada no processo que levou a detenção de oito homens associados a mais recente apreensão de 45,6 quilogramas de cocaína, em forma de pó, no Terminal DP Word Luanda.

Fonte: Club-k.net

As autoridades dispõe de informações de que “Olivia” foi a pessoa que entregou uma mala contendo a mercadoria (droga) ao oficial da Polícia Nacional Antônio Buila “Toy”.


Segundo explicações de fontes ligadas as autoridades, Antônio Buila “Toy”, é oficial de campo do segundo comandante geral da PN, Pedro Kandela, e não director do gabinete, conforme foi inicialmente reportado.


Ao ser detida, a senhora “Olivia” que se acredita estar a ser acobertada por alguma “ordem superior”, deverá ser a oitava pessoa do grupo ligado a mercadoria aprendida.

 

De lembrar  que dentre os detidos está, João Papito, o director de segurança do Terminal DP Word Luanda.

 

A substância proveniente do Brasil chegou a semana ao Porto de Luanda disfarçada em 34 pacotes que se encontravam camuflados nos ventiladores de refrigeração de três contentores de frio, carregados de várias caixas de coxa de frango importados.

 

O debate sobre o envolvimento de altas patentes na Polícia Nacional, no narcotráfico, assentou-se nos últimos meses depois de um agora ativista contra o crime, Eugênio Quintas “Mangena”, ter publicamente implicado o actual DG Adjunto do SIC, Fernando Manuel Bambi Receado, como elemento que tem ligações estreitas aos barões das drogas em Luanda. O denunciante citou também um sobrinho de Receado identificado por “Chefe Bambi”, pertencente ao departamento do narcotráfico do SIC, tais como outros nomes como “Romão” e “Bezerra”. Este último é frequentemente citado como muito próximo a elementos que ficaram com o negócios de um falecido barão angolano identificado por “Chon”, de origem caboverdiana.


O comissário Fernando Receado, nunca contestou as acusações levantadas por “Man Gena”, que o ligam a rede do narcotráfico nacional. Sabe-se apenas, que uma brigada do SIC, tentou raptar “Mangena”, a partir de Maputo onde foi buscar refugio, afim de o levar Angola para propósitos de retaliações. As autoridades moçambicanas não o entregaram garantindo que o mesmo não seria deportado para Luanda.


De acordo apurações, o negócio do trafico da cocaína em Angola, é agora encabeçado por um sindicato de angolanos, nigerianos (Hemeca, David, Tony Haka, Tchicuma) que por sua vez rivalizam-se com cidadãos  congoleses (Kuinavidi), baseados na capital angolana.


A droga aprendida recentemente no Terminal DP Word Luanda, foi despoletada na sequencia de uma denuncia chegada ao SIC, por um alegado grupo rival a rede dos angolanos. Segundo avançou a imprensa o porta-voz do SIC, terão primeiro apanhado um contentor à saída do Terminal Portuário, sendo que os demais foram encontrados em Viana junto a Ponte do 25 e outro ao longo da Via Expresso.