Luanda – O delegado provincial das finanças no Bié, António Armindo Faria, está a ser acusado de apoderar-se de uma parcela de superfície de 1.080, 00 hectares localizado no município do Kuito, pertencente a empresa Joel e Filhos, Lda.

Fonte: Club-k.net

A empresa “Joel e Filhos, Lda”, adquiriu o terreno ao tempo do governador Álvaro Boavida Neto, num processo que data de 2009, altura em que se constituiu a propriedade, razão pela qual o seu nome consta no cadastro da Administração Municipal como requerente da “propriedade, e superficiário do mesmo espaço, registo notarial e predial do mesmo”.

 

Há três meses, o administrador do Kuito Abel Paulo Guerra e o delegado das finanças Antônio Faria, terão envolvido o SIC e PGR, para intimar o dono do terreno. “O Antônio Faria até aqui não apresentou ao SIC, nenhum papel que legitima a posse do terreno”, rematou uma fonte

 

A nível local são levantadas suspeitas de que Abel Paulo Guerra e Antônio Faria, poderão ter vendido o terreno, e defraudado o Fundo Habitacional.

 

Fontes que acompanham o assunto, atestam que o delegado das finanças Antônio Faria “não conseguiu apresentar nenhum documento de que é titular do espaço que procurar litigar”, e que “ o SIC olhou isso como normal”.


Face a alegações de intervenções de pendor regional que se tem assistido entre altos responsáveis desta região, concorrem igualmente acusações de que “o próprio administrador municipal Abel Paulo Guerra e o delegado das finanças Antônio Faria, constituíram uma vítima selecionado a dedo para expolhar um terreno de 10hectares a um Empresário do Huambo, radicado no Bié a mais de 18anos”.

 

Há igualmente relatos segundo as quais, os responsáveis do governo local que querem ficar com o terreno, tem insinuado que a assinatura do Álvaro Boavida Neto que consta no documento é falsa. “O Abel Paulo Guerra e Antônio Faria, é que querem alterar o cadastro predial urbano ou alegar que o direito de superfície emitido pelo antigo governador provincial é falso”, denunciou a fonte.

 

O referido assunto está a dar azo a alegações sobre a existência de rede de falsificadores e de alteração de cadastro predial urbano instalada na administração municipal do Bié, assinalada com a constatação de terrenos que saíram da esfera do Estado para privados de forma ilícita.