Lisboa – Altos responsáveis do regime angolano, reclamam em privado, ter notado que nos últimos anos, o Presidente João Lourenço adoptou uma conduta de incumprimento das suas palavras. Alega-se que nas audiências “promete uma coisa, mas por detrás faz outra”.

Fonte: Club-k.net

O caso mais recente, conforme fazem notar, terá acontecido com a vice-procuradora geral Inocência Maria Gonçalo Pinto “Betinha”. Antes das últimas eleições para o cargo de PGR, o Chefe de Estado teria concedido uma audiência a Inocência Pinto, garantindo-a que a próxima pessoa a ocupar o cargo de PGR, seria uma mulher. No processo eleitoral Inocência Pinto saiu vencedora, porém, no momento das escolhas, o Presidente João Lourenço, reconduziu o general Hélder Pitta Groz, como procurador-geral da República.

 

Na véspera das eleições de 2022, João Lourenço, terá prometido a Carolina Cerqueira que a tornaria Vice-Presidente da República, condicionando a retirada da nacionalidade portuguesa. Carolina renunciou cidadania lusa, porém, no momento das escolhas, o nome de uma desconhecida militante Esperança Maria Eduardo Francisco da Costa. Cerqueira, por sua vez, foi elevada a “terceira” figura do aparelho do Estado. Presidente da Assembleia Nacional.

 

Em Agosto de 2021, durante uma audiência, Lourenço expressou voto de confiança ao então Juiz Presidente do Tribunal Constitucional, Manuel Miguel da Costa Aragão. Por detrás, as autoridades anunciaram a renuncia de Aragão sem que ele tivesse solicitado. Em meios do regime, alegou-se que Aragão foi deixado cair depois de mostrar resistência em aplicar chumbo  ao processo de legalização do partido PRA-JA  de  Abel Chivukuvuku. Com o seu afastamento, o PR indicou uma nova Presidente para o TC, e com ajuda de um jovem  constitucionalista Adelesio, foi descoberto “uma falha” para justificar  um outro chumbo ao partido de Chivukuvuku.