Luanda - Gordon Brown dizia que “a confiança é a coisa mais preciosa”. Desde as últimas eleições em Angola a ausência de confiança nas instituições foi acentuando-se a cada novo dia e a ausência de confiança entre os responsáveis pela estrutura apodrecida também tem se deteriorado todos os santos dias.
Fonte: Club-k.net
João Lourenço já não confia em mais ninguém se não no seu irmão Cerqueira. Fernando Garcia Miala tinha sido nomeado por ele para controlar a secreta angolana, mas depois esvaziou-lhe o espaço de actuação e manobra quando na Casa Militar foi nomeou o Cabo Verdiano Francisco Furtado ( indivíduo que quando Miala estava a ser humilhado pelo mesmo regime que serve) , ocupava o cargo de Chefe do Estado Maior.
O objectivo do João Lourenço era assombrar o Miala e ao mesmo tempo reunir duas fontes antagônicas de informações sobre possíveis ameaças do Poder. Eugênio Laburrinho o todo poderoso ministro do Interior doravante será assombrado pelo seu arquirrival de origem Cabo Verdiana Ângelo da Veigas Tavares que também já foi Ministro do Interior.
O ministério do Interior nos últimos tempos tem sido o grande epicentro da corrupção, desde a operação transparência até aos escândalos de drogas envolvendo altas patentes da corporação. A Polícia também tem servido caninamente os caprichos autoritários do João Lourenço e compromete a sua imagem interna e externamente. Por essa razão, o novo ditador está a basear-se na experiência eduardista de dividir para melhor governar colocando em postos estratégicos pessoas que não coabitam para um fiscalizar o outro enquanto ele descansa na sombra da bananeira como um Cheick Árabe.
José Eduardo Dos Santos precisou mais de 30 anos no Poder para colocar a sua filha Sonangol e o seu filho no Fundo Soberano, João Lourenço está quase a fazer isso em menos de 10 anos. Se já não confia em ninguém a aposta será nos familiares e amigos da família. É melhor aprendermos com o passado.
