Lisboa - Carlos Aires da Fonseca Panzo, o antigo secretário de João Lourenço para os Assuntos Económicos, foi convidado a dar aulas em Portugal, país onde passou a viver desde 2020, altura em que as autoridades espanholas o colocaram em liberdade.

Fonte: Club-k.net

De acordo com apurações, Carlos Panzo está a lecionar no ISG - Instituto Superior de Gestão da Universidade Lusófona de Lisboa, tornando-se professor auxiliar de economia em Portugal e em Espanha. Em Dezembro passado concluiu o doutoramento em finanças  pela Universidade de Manchester no Reino Unido.

 

No passado mês de Maio, conduziu um grupo de estudantes que terminou o curso de Negócios Internacionais, como parte de um mestrado em estratégia de investimento e internacionalização.

 

Nascido aos 25 de novembro de 1975, esteve a ser investigado pela PGR de Angola desde 2017 na sequencia de uma denuncia de que teria recebido comissões no valor total de 11 milhões de dólares, pagos pela brasileira Odebrecht em várias tranches através da sua conta bancaria na suíça. As autoridades helvéticas, o denunciaram e o actual Presidente João Lourenço viu-se obrigado a exonera-lo do cargo poucos dias depois de o ter nomeado através do Decreto Presidencial n.º 244/17.

 

O Ministério Público da Suíça teria depois arquivado o seu processo, dois anos depois, por insuficiência de provas. Em vai receber de indemnização das autoridades helvéticas cerca de 80 mil francos-suíços (o equivalente a 83 mil dólares norte-americanos).

 

Em Abril do ano passado, a firma BS Advogados – Sociedade de Advogados, informou que o Ministério Público da Confederação Suíça concluiu o processo de indemnização de Carlos Panzo, após ter fracassado, em Dezembro de 2019, o processo-crime que deu origem a uma acção junto da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola, no âmbito da Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal.