Luanda - A radicalização no modo de agir de membros da cúpula do MPLA, não ajuda de modo nenhum a limpar a sujeira criada pelo partido dos camaradas e pelo seu presidente. A fórmula dos camaradas tentar buscar motivos acessórios, que os desresponsabilize da profusão e aprofundamento critico, que mergulhou o país, na crise jamais vista e vivida em Angola, é rasteira, injustificável e deixa muito desejar.

Fonte: Club-k.net

Vozes de todos os quadrantes da sociedade, alertavam o MPLA, sobre a execrável gestão do presidente João Lourenço, que estaria a massacrar os angolanos.


Desde 2018, que o presidente do MPLA João Lourenço, luta tresloucadamente contra o ex presidente José Eduardo dos Santos e sua família.


O chefe do executivo gravita nos meandros da tempestade criada por ele mesmo só para mostrar-se poderoso, apesar desse efeito ter sortido o contrário da sua pretensão.
Para piorar ainda mais, e para demonstrar toda sua soberba, o chefe do executivo teve a audácia acumulativa de mandar roubar os restos mortais do seu antecessor, para fins, que só o presidente João Lourenço, conhece as razões que despertaram, o interesse macabro pelos restos mortais do malogrado ex presidente JES.


JES, é o autor responsável pela consagração de João Lourenço no cargo que hoje ocupa, esse facto não o impediu de destrata-lo em vida nem mesmo após a sua morte. A priori, o presidente João Lourenço, deveria ser o mais interessado em render-lhe respeitosa homenagem, o que não aconteceu.


Com ardilosa criatividade, o executivo e o bureau político do MPLA, tentam incorporar a oposição e com ela repartir responsabilidades pelo insucesso da sua governação nos últimos seis anos.


O executivo acusa a oposição e todos quantos se opuseram aos desmandos da sua ingovernabilidade de tirarem aproveitamento político da instabilidade que o regime no seu todo atravessam!


A triste realidade é que o MPLA governa o país sozinho e cerca de 21 anos, por isso, essa acusação não encontra respaldo, por outro, a crise que Angola vivência, é a prova provada da instabilidade gerada pelo chefe do executivo, onde aliás, tem uma agenda económica desgastante e impopular.


As imprestáveis adjudicações diretas, e direcionadas á empresas capitaneadas por pessoas de índole duvidosa e amigas do presidente da república, alertaram desde logo os operadores dos sectores credíveis da económica e finanças.


O executivo, na pessoa do seu presidente, foi alertado por diversas vozes da intelligentsia social angolana do descarrilar da economia e também do momento invulgar da hipotética agenda da diversificação da economia, que até agora não da sinais nenhuns da sua eventual incrementação.


A verdade é que o governo está inanimado, sem ideias, sem animo e sem frescor, para armazenar novas e renováveis sinergias para lutar por uma governação inovadora e viável. Isso trouxe descontentamento generalizado, o povo organizou-se em manifestações por todo país.


Porém, o chefe do executivo e sua entourage continuam iguais a si mesmos, não conseguem vislumbrar o perigo que se acerca em torno deles. O povo não quer o MPLA no poder, menos ainda o presidente João Lourenço. Sob o comando de João Lourenço, os ministros atropelam sistematicamente as orientações da chefia do executivo, a polícia por sua vez, assegura o assassinato de angolanos, prende e tortura os jovens que reivindicam o direito a exercitar a sua cidadania.


Isso, para nem sequer falar das negociatas indecentes praticadas pelos auxiliares do chefe do executivo, que tratam como empresas suas, os ministérios onde se encontram alocados.
De fora para dentro, a sociedade ativa inteligente observa a forma ridícula e indecente, como o chefe do executivo age.


Também está claro, que o chefe do executivo demonstra cansaço e corre o mujimbo que o presidente da república não percebe nada de economia e finanças.

As interrogações no sector da inteligência econômica sucedem-se.


As péssimas escolhas na política económica e cambial, a inexistência de uma reforma tributária de qualidade inquestionável, que ajude a viabilizar receitas resultantes da cobrança de impostos, a inusitada falta de criatividade de levar a assembleia nacional discutir a criação de um arcabouço fiscal, para servir de medição de um teto fiscal, para controlar o gradual crescimento dos empréstimos que o governo adquiri selvaticamente no mercado interno e externo, que se transformou numa duvidosa divida publica.

Dentre outros falhanços, na execução das políticas públicas, existem outros motivos que ajudaram a afundar o país na crise oceânica da irresponsabilidade fiscal.


Essas e outras situações, fazem crer, que existe um governo paralelo sitiado na casa presidencial, que governa a economia e as finanças do país com a total anuência ilegal do presidente da república. Só deste modo se compreende o estado de falência do estado e da República.

Essa maneira negligente de gerir o país, alertou a grande maioria da sociedade, que percebeu que a motivação do presidente da república, é o de velar apenas pelos seus interesses pessoais nas áreas económica e financeira.

Para terminar, evoco aqui ás irresponsáveis declarações do membro do bureau político do MPLA, Gonçalves Muandumba, irresponsavelmente acusa a oposição e os angolanos em geral, de tirar aproveitamento político do momento de crise.

Ora, se assim não fosse, estaríamos todos a viajar a reboque da caravana mesclada de incompetências do MPLA.


Sim, a oposição existe precisamente para isso, caso a oposição não se aproveite das fraquezas do poder, da sua incompetências, falhas e contradições, ela não seria chamada de oposição, mas sim de parceira.


Pelo que se sabe, a UNITA não tem vocação andar a reboque da vontade expressa do MPLA.

É bom que a extrema militância do MPLA, entenda em definitivo, que a crise vivida dia sim e dia também em Angola, foi instalada pelo próprio MPLA.


Essa indicador, é a demonstração inconveniente da intolerância do MPLA.


As declarações de Gonçalves Muandumba, são próprias de um exímio mercantilista usurpador embriagado pelo poder. É importante que presidente do MPLA não se perca na tempestade e tenha o bom senso de assumir sozinho a responsabilidade dos seus vergonhosos erros e falhas da sua governação, e daí, retire as devidas ilações.

Moramos todos em Angola, porém, não vivemos misturados.

Estamos juntos