Lisboa - O Bureau Político do MPLA, recorreu nesta quinta-feira, 20, a um antigo porta-voz do tempo do partido único, Adelino Marques de Almeida “Mwatchianvua”, para redigir um comunicado de imprensa, que visou responder a iniciativa da UNITA, de avançar no parlamento com o processo de destituição do Presidente do República.

Fonte: Club-k.net

Para responder a UNITA

Adelino Marques de Almeida no tempo do partido único, o chefe de sessão do departamento de informação e propaganda do MPLA, tendo passado depois a dirigir vários órgãos de comunicação social públicos. É considerado como um dos mais brilhantes quadros que o MPLA teve na arte da propaganda na década de 80, sobretudo na habilidade de desacreditar opositores com recurso a desinformação ou a retórica de insinuar “sublevação”, o que faz com que seja estimado até aos dias de hoje.

 

O MPLA, segundo fontes, entendeu que para dar resposta a iniciativa da UNITA, a figura mais acertada para trabalhar na redação do documento seria Adelino de Almeida “já que Luís Fernando” teria feito a sua parte faltando apenas a produção de um comunicado em que associasse o “Galo Negro”, ao imperialismo internacional. Inicialmente, o político estava incontactável “não estava em casa nem atendia o telefone”.

 

Apesar de não poder se envolver diretamente na politica por causa da sua posição de Presidente da ERCA, Adelino de Almeida, tem desde alguns anos dado ajuda ao regime sobretudo em períodos eleitorais. Já em 2015, o mesmo teria sido reabilitado para render o luso-angolano Arthur Queiroz na tarefa de fustigar o maior partido da oposição.

 

No comunicado redigido por Adelino Marques de Almeida, o Bureau Político do MPLA orientou, o seu grupo parlamentar “a tomar todas as providências para que o Parlamento não venha a ser instrumentalizado” pela UNITA, para concretizar aquilo a que chamou de “desígnios assentes numa clara agenda subversiva, imatura e de total irresponsabilidade política”.

 

Ainda no mesmo comunicado, o MPLA, acusa alguns dirigentes de topo do maior partido na oposição de terem hoje “noção clara de que a insurreição armada do passado pode agora ser travestida de uma eventual insurreição popular, como têm apregoado nas diversas localidades por onde têm passado”.