Lisboa - O governador provincial do Huambo, Faustino Muteka, providenciou no sentido de “impedir ou abafar” repercussões públicas de um processo de expropriação de terras em curso nas aldeias de Etunda e Olossambo (áreas ocupadas por habitações toscas e lavras; nenhuma constante das chamadas reservas fundiárias destinadas à construção de habitação).


Fonte: AM


O propósito das providências foi o de evitar “impactos sociais” como os que, em circunstâncias similares, ocorreram em Luanda, Lubango e Benguela. As medidas determinadas pelo governador foram de dois tipos: coactivas e de aliciamento.

 

Os sobas das aldeias, Augusto Sangueve e Eduardo Mota, que inicialmente se opuseram às expropriações, razão pela qual estiveram detidos 3 dias, foram depois cativados com promessas de futuras subvenções mensais de 14.000 kz, cada um, mais uma viatura para o primeiro e uma motorizada e um empréstimo de 100.000 kz destinado à construção de uma casa, para o outro.

 

Os jornalistas (correspondentes da imprensa privada) foram objecto de advertências/intimidações para não abordarem o assunto; aparentemente por reflexo de discretas acções de influência e persuasão, a Igreja Católica local e uma ONG, DW, esta com um passado recente de activa defesa dos interessas das populações, ignoraram o tema.