Luanda - O chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar, general João Pereira Massano, afirmou, esta segunda-feira, que desde o início da luta armada pela independência de Angola, em Fevereiro de 1961, a história registou muitos factos de referência, que enaltecem o campo da memória social angolana.

Fonte: Angop

Para o responsável militar, que falava em entrevista à ANGOP, o processo político em Angola foi marcado por vários momentos históricos, alguns dos quais moldaram, de forma indelével, a vida social, politica, económica e até pessoal dos cidadãos.

 

Um destes momentos, de acordo com o general João Massano, foi a fundação das antigas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), que teve lugar a 1 de Agosto de 1974, nas chanas do Luiameji, província do Moxico, considerado um dos maiores Exércitos de África, quer pela sua capacidade combativa, como de organização.

 

“O tempo regista na próxima terça-feira (1 de Agosto) 49 anos desde a proclamação das FAPLA, pelo antigo Presidente Agostinho Neto, facto histórico que não se pode apagar, pois ela (História) assume-se por inteiro”, exprimiu.

 

O general destacou que o contributo na luta pela conquista da paz, entre os anos de 1975 e 2002, e a bravura demonstrada pelos homens e mulheres que o integraram, só foi possível graças à determinação táctica, disciplina, dedicação e alto sentido de patriotismo.

 

Por este motivo considera que, “nos dias de hoje, o legado das FAPLA deve ser mantido e reflectido na grandiosidade das actuais Forças Armadas Angolanas (FAA), na sua disciplina, bravura, mas também na formação moral e política”, salientou o general João Massano, que exaltou o mérito granjeado já pelos efectivos desta instituição castrense.

 

Neste sentido, defendeu ser um dever de todos trabalhar para que os feitos históricos das FAPLA sejam sempre enaltecidos, por ter sido um exército que moldou ao longo da sua existência a história de Angola.

 

Com isso, o dirigente militar notou que o legado das antigas FAPLA deve ser vincada na formação cívica, ética e educação patriótica, para que os jovens conheçam a história do país e contribuam com o seu saber para que Angola continue a trilhar, de forma segura, os caminhos da paz.

Criação do exército único

Por altura do conflito armado em Angola, as extintas FAPLA, forças governamentais, e as ex-forças militares da UNITA, na altura, após assinarem os acordos de paz em 1991 fundiram-se, dando lugar à formação de um exército único, actualmente Forças Armadas Angolanas (FAA).

 

Dai que a institucionalização das FAA, sucessora das FAPLA, consubstanciou-se na materialização do preceituado nos Acordos de Bicesse (Portugal).

 

Para o oficial general, desde a sua criação, a 09 de Outubro de 1991, até aos dias de hoje, as Forças Armadas Angolanas (FAA) são o símbolo de unidade Nacional da República de Angola.

 

Salienta que, passadas mais de três décadas, as FAA constituem hoje também motivo de orgulho nacional e encarnam, na sua essência, os valores mais elevados do patriotismo e da cidadania.

 

Ressalta que o benefício mais óbvio para o país, ao constituir as suas Forças Armadas, é a garantia da defesa da inviolabilidade do seu território, actuando como factor de persuasão contra eventuais riscos de ameaças internas e externas.

 

Por este motivo, as FAA são um instrumento de política externa do Estado, podendo ser usadas sempre que o interesse nacional for ameaçado e em missões de manutenção de paz, de acordo com a Constituição da República e à luz dos tratados internacionais e regionais que o país assumiu ou venha assumir.