Luanda - A administradora do município de Luanda, Milca Caquesse está a ser acusada de impedir o trabalho da organização dos Bombeiros Unidos Sem Fronteiras (BUSF) da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Fonte: Club-K.net

Em causa está o espaço cedido pela Angola Telecom, onde a BUSF tem realizado as suas acções de preparação dos jovens, no quadro de várias acções que a organização sem fins lucrativos tem desenvolvido para bem-estar das comunidades em Luanda e em todo o território nacional.

Segundo um áudio a que o Club-K teve acesso em que supostamente a administradora Milca Caquesse terá conversado com o comandante dos Bombeiros Unidos Sem Fronteiras, Flávio Domingos Canhongo, a governante atira-se contra a BUSF, alegando que as suas actividades têm alegadamente atrapalhado o trabalho que a administração local está a fazer no perímetro.

Em conferência de imprensa esta semana, o porta-voz daquela força tarefa de emergência nas comunidades em Luanda, Jorge Saldanha, explicou que tudo começou após a ocupação de um espaço aberto, na zona adjacente ao Complexo Escolar Ngola Mbandi, cita no Distrito Urbano do Rangel, pertencente a uma empresa de telefonia, e que nos últimos meses tem sido utilizado pela sua organização para a formação e capacitação de jovens bombeiros voluntários, em matéria de atendimento hospitalar, intervenção, combate e extinção de incêndios e salvamento nas comunidades.


Reacção da Administração Municipal de Luanda

O portal Club-K contactou via telefónica a administradora do município de Luanda. Milca Caquesse remeteu o assunto ao Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa, tendo salientado que “já fez sair um comunicado sobre o assunto”.

No comunicado publicado na página do facebook da Administração, ressalta que tomou conhecimento, “através de certas páginas virtuais, da informação segundo a qual um grupo de cidadãos que se autodenominam Bombeiros Voluntários acusa a Administração Municipal de Luanda de o ter retirado do espaço adjacente ao Colégio Público n.º 1526 Ngola Mbandi, Distrito Urbano do Rangel”.

“Vimos por este meio informar aos nossos munícipes que o espaço em referência pertence à escola Ngola Mbandi e tem sido ocupado de forma ilegal pelo grupo acima referido”.

O comunicado sublinha que a Administração Municipal de Luanda, que decorre a finalização da construção da Escola do II Ciclo do Ensino Secundário n.º 1541, a ser brevemente inaugurada, para servir a mil e 80 alunos no ano lectivo 2023/2024.

Neste sentido, aproveitamos a oportunidade para agradecer a Polícia Nacional, pelo apoio no último sábado, 12 de Agosto, na reposição da legalidade, que permitiu ao empreiteiro dar continuidade à obra outrora suspensa por conta da invasão do espaço.

A administração em causa afirma que reitera o seu compromisso de manter a organização do município e devolver os espaços públicos à municipalidade e agradece que “a Polícia Nacional, pelo apoio no sábado, 12 de Agosto, na reposição da legalidade, que permitiu ao empreiteiro dar continuidade à obra outrora suspensa por conta da invasão do espaço”.

Entretanto, o comandante dos Bombeiros Unidos Sem Fronteiras (BUSF) da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Flávio Domingos Canhong, esclareceu que a sua instituição não se encontra dentro da escola em causa, mas sim num espaço adjacente à Escola Ngola Mbandi, pelo que fala em “equívocos” da administradora Milca Caquesse.