Luanda - O Governo angolano vai dar início ao processo de privatização das empresas do setor de tecnologias de informação e comunicação social, entre as quais se destacam a Angola Telecom, Multitel, TV Cabo, TV Zimbo, entre outras.

Fonte: Lusa

Segundo o coordenador adjunto da comissão multissetorial do Programa de Privatizações (Propriv), na reunião de hoje foram analisados os processos de privatização de cada uma das empresas, entre as quais o grupo Media Rumo e o grupo Medianova, recuperadas pelo Estado no âmbito do processo de recuperação de ativos.


"Vamos trabalhar no sentido de acelerarmos o processo de privatização dessas empresas nos próximos 30 dias, através de mecanismo que será apresentado à comissão", informou Ottoniel dos Santos no final do encontro.

Ottoniel dos Santos, igualmente Secretário de Estado para o Tesouro, disse que na reunião foi abordada quais seriam "os procedimentos mais adequados para privatizar" as empresas, destacando que "para uma delas o mecanismo é a oferta pública inicial, que é a privatização das empresas através do mecanismo em bolsa".

"Vamos trabalhar no sentido de acelerarmos o processo de privatização dessas empresas nos próximos 30 dias", informou.

Relativamente às empresas que fazem parte da Zona Económica Especial (ZEE), Ottoniel dos Santos disse que vão ser privatizadas duas unidades daquele espaço industrial (a Indutubo e a Mecametal), bem como unidades industriais localizadas nas províncias de Cabinda (uma moageira e um complexo de frio), sublinhando que são no total quatro ativos que nessa província vão entrar já em fase de privatização.

O governante angolano realçou que fazem igualmente parte da lista de empresas a serem privatizadas os silos de Catete e nove unidades comerciais que fazem parte da rede de supermercados Poupalá, distribuídas pelas províncias de Benguela, Cabinda, Luanda, Lunda Sul e Zaire, devendo o procedimento ser o de concurso público, na modalidade de alienação de ativos.

"Estas empresas ou essas unidades serão privatizadas e passados 30 dias, que é a fase em que se está a fazer a preparação e avaliação destes mesmos ativos, procederá a fase subsequente que é a fase de concurso público, que terá uma duração de 52 dias, através, primeiro, do anúncio, depois as candidaturas são apresentadas pelos ativos Poupalá, que durará aproximadamente 25 dias", disse.

O coordenador adjunto da comissão multissetorial do Propriv avançou que o valor a receber com a venda dos ativos na ZEE, das unidades em Cabinda e do Poupalá será determinado através da avaliação prévia que antecede a realização do concurso.

"Temos 30 dias para se fazer este apuramento por parte das entidades especializadas e garantir que o concurso possa ser lançado com um preço de referência desses ativos", frisou.