Bruxelas - Em entrevista ao Angola Watch, o  líder do MPDA, Massunguna Pedro que falava a partir da Bruxelas , diz que a única alternativa que pode safar José Eduardo dos Santos e aliados  é o asílio político no exterior.


ANGOLA WTCH: Senhor Presidente, segundo as informações que obtemos junto da sua Direcção,  voces referem ao eventual asílio de José Eduardo dos Santos e pares, pode-nos confirmar esta opção pela sua parte?



Fonte/Angola Watch-Entrevista



PR: Evidentemente, parece-me compreensível esta alternativa para José Eduardo dos Santos e pares, num momento em que o nosso país encontra-se numa viragem sombria e perigosa, devida de uma política devastadora e depotista. Acho necessário e álias são bons momentos para que a elite dirigida pelo José Eduardo dos Santos, pronunciam-se para salvarmos este país e dotâ-lo num desenvolvimento equitativo. É necessário que a família do MPLA possa demitir-se para permitir o alcance dos objectivos traçados para o nosso país, no ponto de vista político e sócio-económico.


A.W: Mas o que pensa exactamente sobre isso?


PR: A questão não é o que eu penso, o mais importante é o que os angolanos pensam e querem para o bem-estar do nosso país e dos seus povos. Sobretudo o MPDA nunca defendeu o individualismo ou um caso singular mas sim, a causa justa e comum que afecta a maioria dos angolanos. Isto é, José Eduardo dos Santos, já não é o homem da mudança de mentalidade filosófica e ideologíca que angolanos querem, ao contrário, as suas aspirações primitivas provocam cada vez mais derivas e obstáculos para o avanço sócio-económico de Angola e dos seus povos. Uma vez que toda sorte e ocasião foi dada de mantê-lo no poder cuja esta foi efectivamente consumida e desgotada, por isso, a única maneira para a salvaguarda da unidade, reconciliação e soberania nacional, é o asílio obrigatório de José Eduardo dos Santos e pares. 


A.W: Será  que além desta proposta, não há  mais uma outra hipoteza, capaz de transcender a problemática que insola o nosso país em todos domínios?


PR: Em primeiro lugar, não se negocia com a liberdade ou estabilidade de uma nação. Em segundo, não se negocia com os comunistas com as mãos vazias.


A.W: O que quer dizer isto?


PR: Quer dizer que, a liberdade é uma obrigação para todo qualquer ser humano. Isto é, somos condenados a viver esta liberdade em todos domínios, respeitando os princípios democráticos e os pactos internacionais. Também sem armas é difícil para o comunista considerar o seu adversário, isto é que não queremos.


A.W: Será  que o Senhor Presidente tem preferências quanto ao  país qu o msmo pode  pedir este asílio?



PR: Absolutamente não, mas as próprias circunstâncias as vezes obrigam tomar uma decisão urgente e reagir de minuto. De facto, eu ao asilar-me no exterior, não era preciso um programa a curto ou a longo prazo, mas tudo foi espontâneo. Também não solicitei ninguém para informar-me se podia ou não, mas foi a única alternativa para mim de poder salvaguardar a minha vida perante um diabo sem precedente. De facto este surge como resposta quando nós agarramô-nos no poder autocrático e ditatorial. Por isso, devemos contar com o perigo em curso. E para evitar um tal desaire ou desastre somos obrigados refurtar-mos de outra maneira mais apropriada.


A.W: Acha que a presença de José Eduardo dos Santos, perturba a ordem interna e retrograda Angola no ponto de vista político e sócio-económico?


PR: Obviamente todo o regime marxista ou comunista nunca trabalhou para o avanço de uma nação mas ao contrário, têm proporcionado projecto que não têm pés nem pernas para resistir os desafios económicos internacionais. Isto é, tu e eu somos testemunhos oculares de certos países do antigo bloco comunista e as suas consequências no ponto de vista político e sócio-económico. Isto é sem dúvidas que os comunistas as vezes chamam do progresso, aquilo que os outros consideram do impasse político, económico e social de um país qualquer que seja. Noutro lado, faço referência a alemâ do leste (RDA), Pólonia, Ruménia, portugal etc... apesar da vizinhança com as grandes potências europeias, até o instante torna muito difícil comparâ-los com a antiga potência europeia.


Álias, este antigo bloco comunista tem sacrificado-se afim de atingir o nível dos velhos capitalistas no ponto de vista político, económico e social mas a diferença que os separa é absolutamente grande, seja em relação a formação dos seus quadros, não posso comparar um acadêmico português com o cadêmico belgo ou alemão. Assim como em Angola, onde generais e tantos outros oficiais das forças armadas tornam os principais gestores da economia angolana e reitores de várias universidades, cujo ensino não permite a evolução filosófica e ideológica no nosso país. Porque o nível do nosso ensino e a sua metodologia, não conjugam com a imagem do nosso país, por falta de qualidade. Ainda num país onde torna-se doutor de uma forma automática antes mesmo de ter freguentado o curso do doutoramento, alguns já tornaram doutores, o que gravíssimo de controlar a qualidade do ensino prestado no nosso país e que deixa ao mesmo tempo dúvidas aos diplomas atribuidos no nosso país.


A.W: O Senhor Presidente pensa que com o asílio de JES e pares, o nosso país iria conhecer avanços políticos e sócio-económicos significativos no curto e no longo prazo da normalidade sócio-económica das vidas das populações angolanas?


PR: Efectivamente, com a mudança e a vontade política dos sucessores do poder político, o nosso país poderá vir conhecer avanços significativos, não só no ponto de vista político e sócio-económico mas também no ponto de vista educacional e cultural. Angola é um dos países mais potências de África em riquezas e de facto preciso um presidente carismático com inspirações de uma renovação social mais dinâmica e efectiva. Não basta um homem desgotado e sem projectos construtivos para o país. Também não basta um saqueador que se fez milionário em detrimento do povo humilde.


A.W: qual é a sua opinião sobre a eventual sucessão de Zenu à José Eduardo dos Santos?



PR: Esperamos que isto acontece, porque é muito permaturo falar deste assunto. Além disso, Angola não é Togo ou Gabão, porque nós conhecemos as armas e as hostilidades. Se por ventura esta fôr a solução para a nova libertação de Angola, acho que não faltarei de contribuir para o meu país. Também o velho ditado diz que, o filho de serpente é serpente. Por isso, não há diferênça entre JES e o seu progênito ZENU, pela relação sanguinário. Talvés os médicos têm mais conhecimento sobre este relacionamento oposto JES-ZENU. E a tal presença só pode surgir nos interesses pessoais e de protecção familiar e da fortuna saqueada. Se não, nada se difera de um ao outro.


A.W: E o que dizes sobre a fortuna conseguida gratuitamente pelo saque do dinheiro público e pela corrupção alimentada pelos mesmos criminosos?



PR: De facto a fortuna ou a corrupção não creem homens mas são os homens que creem a fortuna e a corrupção. Neste caso, não se pode combater com a pessoa moral mas sim devemos combater a corrupção e os corruptíveis que transmitem esses virus. Acho que, esta luta já vinha iniciar a bastante tempo, só vocês é que estão distraidos talvés. Assistimos várias acções de protesto para todo lado, em Angola e no exterior, o que significa apenas o início da revolução angolana. Também como já vinha sublinhar na minha intervenção precedente, cada coisa tem o seu tempo 



A.W. Qual é a opinião do líder do MPDA em relação a reeleição de Angola para o Conselho dos direitos Humanos, uma vez que o seu governo dirigido pelo JES não respeito o pacto desta organização?


PR: É escandalosa a posição tomada pelo respectivo Conselho dos corruptos e sedutoras nações em relação Angola. Notando a discrepância desta medida em relação a posição tomada pelas organizações nacionais dos direitos humanos, no sentido mais restritivo relativamente a falta de respeito deste governo aos Direitos Humanos no nosso país, o Conselho dos Direitos Humanos cometeu um erro muito grave, uma vez que este país não tem respeitado e asumida a sua responsabilidade e a ética do membro desta banal organização. Também intende-se logo que, não se tratou de um Conselho mundial mas apenas de um encontro entre os corruptos mundiais. Sejam as Nações Unidas ou o tal Conselho, acabaram a credibilidade sobre o seu engajamento diante as nações pertinentes. E ainda quando se trata de Angola, onde todos têm aproveito, dificilmente alguem levantar a sua mãe contra o el-dorado mundial.


A.W: Segundo os elógios dados a nível inetrnacional, a económia angolana cresceu a mais de 15%, qual é finalmente a opinião do líder do MPDA em relação a esta afirmação e quais são os beneficiários deste crescimento ou do pétroleo angolano, as populações angolanas ou os multinacionais que estiveram reunidos neste conselho de corruptos?



PR: Esta afirmação vem de um grupo de perversos e não dos tecnocratas. Também se fosse os angolanos mais marginalizados afirmarem isto, talvés teria qualquer sentido e razão de uma discusão, fora disto não comentário. Também não esquece que Angola actualmente está alimentar vários países através o mundo e empobrecer os seus próprios cidadãos. E é por esta razão que o MPDA apoia o asílio dos representantes criminosos e não eleitos pelo povo.


A.W: Além da sua proposta de asílio deste grupo criminoso, será  que há qualquer iniciativa que pode impedir a reeleição de Angola para o Conselho dos Direitos Humanos
?


PR: Efectivamente o MPDA já contestou contra esta decisão através de uma petição que encontra-se neste momento no net e que será assinada a mais de cinco mil pessoas através o mundo. Também iremos apoiar a manifestação da Amnistia Internacional contra a violação dos Direitos Humanos em Angola, anunciada terça.f. 25 de Maio pelas 17h00 em frente do Consulado Geral de Angola em Lisboa, Rua Fradesso Silveira, Bloco E, Complexo Alcântara Rio.


A.W: E como podemos ter acesso desta petição já que está  circular no net?


PR: Basta notar no google Petição contra a reeleição de Angola para o Conselho dos Direitos Humanos, abre através de um clic e depois preenche o seu nome, sua localidade e a data da assinatura, isto é, esta assinatura é anoníma, só o destinatário tem o direito de acesso. Quer dizer que, mesmo os membros do MPLA fíeis a mudança e a democratização do nosso país podem assinâ-la. Esta assinatura e expressamente secreta e anonima.


A.W: E caso JES e pares irem ao asílio como preconiza o líder do MPDA, será que o a direcção do MPDA estará em medida de se instalar no interior de Angola?


PR: Isto é sem dúvidas, o MPDA irá reagir rapidamente para por em causa um programa que poderá satisfazer e garantir o sonho do povo angolano. Também o MPDA e o seu líder estarão pronto a contribuir a nação angolana, as suas competências e dar o sentido a nossa nação. E o governo interino pela sua vez terá a obrigação de abrir um debate constitucional que abrirá o caminho para a organização anticipada das eleições no nosso país.


A.W: Acredita que este sonho será concretizado no curto e longo prazo?


PR: Claro, desde que há ainda esperança e a fé, acredito e sou muito optismo em relação a esta afirmação.


A.W: O que pretende dizer as populações angolanas que nos acompanham ao net?


PR: De facto, queria apenas dizer para que o nosso povo seja mais unido e mais determinado em alcançar os seus objectos porque a nossa luta é comum e justa. Também é preciso que este, liberta-se do medo e do fanatismo que não nos ajudará ao alcance destes objectivos conjunturais. E desejo para todos um forte abraço, coragem e determinação nesta luta para a liberdade e a democratização do nosso país.