Luanda - Viagens para o exterior aumentaram pedidos de certificados de vacinação internacional na Direcção Provincial da Saúde de Luanda (DPSL). Emissão passou de 20 para até 400 cartões por dia.


Fonte: Novo jornal


previewO alto fluxo migratório que se tem registado nos últimos anos no País fez disparar a procura pelo certificado de vacinação internacional na Direcção Provincial da Saúde de Luanda (DSPL).


De acordo com Gilberto Cassiano, responsável do Posto de Saúde da DPSL, nos anos anteriores, eram emitidos, em média, 20 a 30 certificados por dia, números que, no primeiro semestre deste ano, subiram para até 400 num único dia laboral. "Começámos a sentir o pico neste ano.


Já no ano passado, tivemos um aumento na ordem dos 20 a 30%, mas, este, durante o primeiro semestre, atingimos quase 100%", explica. Segundo Gilberto Cassiano, o documento que comprova, internacionalmente, a vacinação contra a febre-amarela e/ou outra doença estipulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é procurado, maioritariamente, por jovens com idades compreendidas entre os 18 e 30 anos, com pretensões de sair do País por diversos motivos: estudo, turismo e, principalmente, emigrar. Apesar da procura, o responsável assegura que a DPSL não tem problemas de logísticas, quer de material para a emissão do certificado, quer de vacinas. Nos últimos anos, cresce o número de angolanos que "fogem" para o exterior.


No Consulado de Portugal em Luanda, por exemplo, um dos principais destinos dos angolanos, os pedidos de visto têm batido recordes mensais de solicitações, chegando à média diária de 150 pedidos de vistos. Já a Embaixada do Brasil projecta que, neste ano, o pedido de vistos para aquele País sul-americano atinja a cifra dos 43 mil, ao contrário dos oito mil anuais registados até 2019.