Lisboa - A versão que circulou esta semana em Luanda, segundo a qual o ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, teria sido alvo de agressão durante um evento matrimonial em Lisboa, é considerada imprecisa. De acordo com investigações, de fato ocorreu um "ambiente tenso", mas não foram registradas ações que configurariam uma agressão.

Fonte: Club-k.net

Segundo apurado, o incidente ocorreu na sexta-feira, dia 8, durante um casamento religioso realizado em Lisboa por um casal angolano, sendo o noivo filho da antiga ministra das Pescas e atual embaixadora de Angola em Roma, Maria de Fátima Jardim.

 

Durante a festa, um casal (o irmão do noivo e sua esposa) que estava sentado à mesa ao lado do ministro levantou-se para dançar. De acordo com testemunhas, o ministro angolano, aparentemente animado, fez uma brincadeira ao pegar na bolsa da jovem, que estava sobre a mesa, e colocou sobre a cadeira. Quando a jovem, identificada como "Fé" Joaquim, retornou da pista de dança, foi alertada de que o ministro havia feito essa brincadeira com sua bolsa. Ela então dirigiu-se à mesa de César Laborinho para chamar a atenção. Em resposta, um dos filhos do ministro do Interior, chamado Leandro Emerson dos Santos Laborinho, abordou a jovem, advertindo-a a não se dirigir daquela forma ao seu pai.

 

As mútuas chamadas de atenção teriam provocado um clima de hostilidade entre as partes, somado a outro episódio semelhante. Desta vez, outro filho do ministro, chamado Ricardo Fonseca Laborinho, dirigiu-se ao casal de maneira pouco cortês, o que levou à intervenção de terceiros.

 

Alega-se que, ao sair e ao dirigir-se a um carro UBER, o casal teria se confrontado com os filhos do ministro, que tentavam impedi-los de entrar no veículo, resultando em uma aglomeração de pessoas. Eugénio César Laborinho também esteve presente na aglomeração ao lado de seus filhos, alimentando especulações de que as partes teriam se envolvido em discussões acaloradas.

 

O assunto foi reencaminhado para a Polícia se Segurança Publica (PSP) que fora solicitada a estar a porta onde o casamento se realizou.