Lisboa - A administradora municipal de Andulo, Celeste Elavoco David Adolfo, ter-se-á retratado depois de, recentemente, ter ordenado às forças de segurança (Polícia Nacional, SIC e SINSE) que impedissem a realização de uma palestra da sociedade civil, alegando que esta estava a ocorrer sem a sua autorização.

Fonte: Club-k.net

A palestra que estava a ser impedida foi uma iniciativa do núcleo provincial da ONG Jango Cultural. De acordo com uma publicação do coordenador desta ONG, Luís de Castro, "após o incidente que ocorreu no pretérito dia 9 deste mês, no município de Andulo, a administradora daquele município, Celeste Adolfo, chamou os representantes do Jango Cultural no Bié, para um diálogo".

 

"Além disso, trata-se de uma atitude digna de realce, a fim de evitar que episódios do gênero possam registar-se naquela circunscrição do país".

 

Segundo a Constituição de Angola, nomeadamente o Artigo 47º, os cidadãos têm o direito de se reunirem e manifestarem pacificamente, sem necessidade de autorização prévia. Isso inclui a realização de palestras, desde que sejam pacíficas e não violem a lei.

 

Entretanto, é importante observar que, embora não seja necessária uma autorização prévia, as autoridades podem ser notificadas sobre tais eventos por razões de segurança ou coordenação logística.

 

Na província do Bié, o município de Andulo é considerado um dos palcos de intolerância política, uma vez que a administradora é frequentemente acusada de impedir a realização de eventos como palestras promovidas por entidades que não sejam do MPLA, o seu partido.