Luanda -  O senhor Jacques dos Santos resolveu enviar uma “carta aberta” a vários órgãos de Informação e a “sites” na Internet onde me ofende, em nome da Associação Cultural Chá de Caxinde.

Fonte: JA

Esta sua atitude vem na linha de uma atitude ainda mais grosseira quando ao telefone me tratou como se eu fosse o seu empregado às ordens, razão que me levou a dizer-lhe que iria desligar o telefone se continuasse no mesmo tom, e desliguei o telefone, para que o representante de uma instituição cultural não subisse o tom insultuoso até ao inaceitável.


Na altura do telefonema em que fui gravemente insultado por Jacques dos Santos, preferi passar por cima do assunto. Todas as pessoas têm maus momentos e o passado deixou marcas tão profundas que são compreensíveis, ainda que indesculpáveis.


A nota enviada por Jacques dos Santos ao nosso jornal a rectificar uma notícia assinada pelo repórter César André, que me merece total confiança, foi publicada na íntegra, apesar de não respeitar o instituto do Direito de Resposta e porque, na minha opinião, não tinha qualquer razão para invocá-lo. Nessa altura, o responsável da Associação Chá de Caxinde já usou uma linguagem em que mais parecia o dono do Jornal de Angola do que alguém que pretendia rectificar uma informação eventualmente incorrecta.


Na “carta aberta” que agora divulgou e contém insultos inaceitáveis à minha pessoa, Jacques dos Santos revela o que já antes me parecia. Ele considera-se mesmo dono do Jornal de Angola e acha que os profissionais que trabalham numa empresa pública são seus empregados. Por isso me tratou como se fosse o meu patrão. Não vou responder-lhe de igual para igual mas é evidente que eu e os jornalistas do Jornal de Angola somos assalariados da Empresa Edições Novembro e só respondemos perante os seus responsáveis.


Quero deixar claro que até esta violenta e insultuosa “carta aberta” do senhor Jacques dos Santos, tive uma relação amistosa com ele e tratei-o sempre com elevada consideração e respeito. Como é o meu comportamento com toda a gente, seja quem for. O Jornal de Angola, posso prová-lo com factos concretos, tem dedicado toda a atenção às actividades da Associação Chá de Caxinde. É mesmo a instituição cultural que mais espaço noticioso tem nas páginas do Jornal de Angola.


Por tudo isto, não compreendo os insultos de Jacques dos Santos. Muito menos compreendo que ele me tenha elegido como seu inimigo.


Finalmente quero dizer à Direcção e aos sócios da Associação Chá de Caxinde que continuo a respeitar a instituição, apesar das atitudes de Jacques dos Santos. Quero garantir a todos os meus colegas e a quem me confiou a direcção do Jornal de Angola que manobras baixas e insultos grosseiros não me intimidam nem me afastam da ideia de um jornalismo de referência.