Luanda - O Movimento Independentista de Cabinda (MIC) garante que a luta pela conquista da independência do enclave mantém-se viva no seio da organização, apesar da repressão do regime no poder.

Fonte: Club-K.net

Numa declaração enviada ao Club-K, alusivo ao 6º aniversário da criação do MIC, que se assinala nesta segunda-feira, 6, o Movimento Independentista de Cabinda ressalta que, “hoje o nosso grande desafio político é a luta pela libertação nacional de Cabinda das amarras do invasor-colonizador-angolano, usando todas as vias legais para expulsá-lo do nosso território”.

Para o alcance deste desejo, de acordo com a nota, “é preciso obedecer às aspirações dos cabindeses em geral e detonar o invasor, por meio de desobediência, não deixando espaço para submissão”.

O Movimento Independentista de Cabinda entende que no quadro da luta pela libertação do seu povo, consta o desafio político que passa pela resistência que visa pôr fim ao que diz ser a colonização e derrubar os seus apoiantes, bem como estruturas que o suportam com vista a instaurar a independência, paz, democracia, justiça e progresso social.

“Mas todo este processo de resistência, pressupõe não perder de vista outros factores geopolíticos internacionais, como seja, as revoluções anteriores e recentes. Levar em conta outras lutas, permite-nos evitar cometer erros anteriores, sem deixar de reconhecer o mérito e o heroísmo daqueles protagonistas pioneiros”.

Na mensagem, o MIC reitera o seu compromisso pela autodeterminação do povo de Cabinda “e recusa a manutenção do regime angolano do nosso território, razão pelo qual tem sido cauteloso na elaboração do seu projeto político”.

“Tal como é preciso um plano estratégico de luta, um projecto com atividade, objectivo claro, alvo definido, custos, atribuições de tarefas e cronograma bem estabelecido, é igualmente necessário e obrigatório um projeto político de sociedade, no qual possamos apresentar aos cidadãos envolvidos ou não indirectamente na luta de libertação”, realça.

Na mensagem assinada pelo seu líder, Carlos Vemba, avança que, os factos descrito acima constam da “visão do MIC sobre o que deseja fazer para Cabinda após derrube do regime invasor-ocupante”, tal projecto, segundo a organização, permite garantir segurança e confiança no futuro.

“Viabiliza a credibilidade e nutre simpatias para com os nossos membros, militantes, simpatizantes e amigos, tanto internamente quanto no plano externo”, lê-se, acrescentando que “nesta lógica, o MIC, deve igualmente contar com personalidades individuais com autoridade moral e um percurso claramente democrático e que se opõem com clareza e espinha dorsal aberta à colonização”.