Lisboa – As autoridades judiciais angolanas estão em vias de arrancar com o julgamento contra o antigo Chefe da casa Militar da PR, general Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, e o seu antigo consultor Leopoldino Fragoso do Nascimento. O processo numero 12/20 que aguardava tramitação por um longo período, avança para uma fase crucial, conforme fizeram saber fontes familiarizadas ao assunto.
Fonte: Club-k.net
As duas patentes na reforma serão convocados para responder a uma série de acusações, ligadas a projectos de construção sendo que o julgamento promete envolver uma extensa lista de indivíduos ligados a eles. Fonte próxima ao ssunto disseram ao Club-K, que empresas que desempenharam papéis significativos ao tempo do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN), especialmente nas áreas de construção, logística e fornecimento, serão fundamentais no desenrolar do processo.
O tribunal poderá ouvir depoimentos de empresas chinesas e angolanas que tiveram contratos com o GRN, tais como ESA, Angodis.
A ESA – Engineering Services Angola, é uma empresa ligado ao general Manuel Vieira Dias Junior “Kopelipa”, que meses antes de José Eduardo dos Santos deixar o poder, assinou um contrato de fornecimento a EPAL. O contrato foi destinado a construção de 195 moradias para o projecto habitacional afecto a cooperativa dos trabalhadores da EPAL, EP “Nascente das Aguas”, no distrito Urbano do Zango, Zango V.
Para o contrato, a empresa estatal pagaria o equivalente a 15 milhões de dólares americanos a empresa de “Kopelipa”, representada por um “testa de ferro”. A EPAL, EP terá adiantado o equivalente a 2 milhões de dólares.
De acordo com apurações muitas destas empresas, até então consideradas parceiras no desenvolvimento do país, agora serão chamadas a prestar esclarecimentos sobre as suas atividades durante o período em que estiveram envolvidas com o GNR liderado por “Kopelipa”.
Além de depoimentos, algumas empresas poderão enfrentarar acusações formais após serem ouvidas, levantando a possibilidade de uma série de revelações sobre supostas irregularidades nos contratos e operações comerciais. Uma parte substancial dessas alegações envolve empresas que, embora tenham cobrado do estado por serviços, são acusadas de não terem entregue o que foi contratado.
Dentre as questões mais delicadas a serem abordadas durante o julgamento está o alegado não cumprimento de obrigações contratuais por parte dessas empresas chinesas.
Alude-se também a existência de dividas já auditadas que o ministério das finanças Estado alega serem falsas