Luanda - O comandante da Polícia Nacional em Luanda, comissário-chefe, Francisco Ribas, orientou a Procuradoria-Geral da República (PGR), junto ao Comando Municipal do Talatona, um mandado de captura contra o tenente coronel, Daniel Neto, director-geral da sociedade “Konda Marta”.

Fonte: Club-K.net

Segundo apurou o Club-K, o mandado foi emitido esta quinta-feira, 16, com a finalidade de deter Daniel Neto, tido como principal entrave de altas patentes da Polícia Nacional (PN) e das Forças Armadas Angolanas (FAA), no negócio de terrenos na zona do 11 de Novembro, distrito urbano da Cidade Universitária, no município do Talatona, na capital do país.

 

O subcomissário Joaquim Dadinho do Rosário levou na manhã desta quinta-feira, a senhora Konda Marta à PGR junto do SIC do Talatona, para descartar a existência de camponesas, para que, a detenção de Daniel Neto permita a continuidade das obras do terreno dos camponeses alegadamente vendido a um empresário libanês.

 

Fontes deste portal avançam que o acto demonstra bem como o Ministério Público (MP) está privatizado. Lembra-se que, pela primeira vez, o tenente-coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), Daniel Neto foi preso com o mandato de detenção da Procuradora Militar, assinado pelo vice-procurador Militar, tenente general António Ribeiro Leitão, no crime de abuso do poder e usurpação de imóvel.

 

E, não tendo sido sustentada acusação, pois a sociedade Konda Marta alega ser a detentora do terreno em litígio no 11 de Novembro, emitiram um novo mandado de captura com acusação de “exigência em grupo”, que resultou na detenção e prisão de seis meses, sem que o caso fosse ao tribunal para o julgamento, período que permitiu com que os “invasores” acelerassem com as obras de construção de vários condomínios e vedação de espaços da Sociedade Konda Marta.

 

Após a sua libertação, Daniel Neto voltou a ser detido por uma semana, indiciado no crime de burla que também não se confirmou.

 

Já em Dezembro de 2022, mais uma vez, o tenente coronel foi detido com o argumento de ter cometido os crimes de falsificação de documentos e associação criminosa, facto que lhe custou a prisão durante quatro meses, acusações que igualmente não foram provadas.