Lisboa - O regime angolano é citado em meios internos como tendo mantido uma vigilância rigorosa sobre o ex-ministro de Estado Manuel Vieira Dias "Kopelipa", o ex-consultor Leopoldino Fragoso "Dino" e José Filomeno dos Santos "Zenu", por alegadamente se temer uma eventual fuga dos mesmos.

Fonte: Club-k.net

Segundo relatos até ao momento não negados, o regime terá delegado alguns agentes que estarão a cumprir a missão de vigiar as três figuras, mantendo vários cordões de segurança 24 horas por dia e, em certos casos, usando artificios como a permanência em roulottes de venda de bebidas alcoólicas nas proximidades das residências dos vigiados.


Consultas feitas reiteram que a ordem de vigilância contra essas três personalidades assenta em alegadas desconfianças de tentativas de fuga, teoria contestada por outras fontes que garantem que os dois generais e o filho do falecido Presidente não teriam a mínima condição de abandonar o país, considerando todas as restrições colocadas nos controlos terrestres, aéreos e marítimos. As análises concluem que a vigilância visa cumprir uma estratégia de intimidação das três figuras e também de controlo de todas as pessoas que se aproximam a elas, na qualidade de visitantes.

 

Quanto aos generais Kopelipa e Dino, conforme revelou o Club-K, estão em vias de começarem a ser julgados no Tribunal Supremo, começando pela instrução contraditória, a fase em que a defesa esgrime os últimos argumentos que visam convencer o juiz pelo arquivamento do processo, em detrimento da acusação do Ministério Público.

 

As duas patentes na reforma serão convocadas para responder a uma série de acusações, ligadas a projetos de construção, sendo que o julgamento promete envolver uma extensa lista de indivíduos ligados a eles. Fontes próximas ao assunto disseram ao Club-K que empresas que desempenharam papéis significativos ao tempo do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN), especialmente nas áreas de construção, logística e fornecimento, serão fundamentais no desenrolar do processo.