Berlim - O acadêmico angolano, Asaf Augusto, relata uma experiência desanimadora ao tentar renovar os seus documentos na embaixada de Angola em Berlim. Num depoimento detalhado, Augusto descreve uma série de problemas, destacando a burocracia desnecessária, a desorganização no atendimento e a incompetência no processo.

Fonte: Club-k.net

Augusto destaca inicialmente a impressão positiva causada pelo novo edifício da embaixada no centro de Berlim, que sugeria um avanço na diplomacia angolana. No entanto, a realidade do atendimento desmente essa imagem, conforme descrito pelo professor.

Um dos principais problemas apontados é a burocracia desnecessária. Augusto relata que, após a sua chegada, o responsável, chamado de Dr. Pinto, informou que todos os processos antigos do consulado em Frankfurt eram inválidos, e o processo teria que começar do zero. Isso gerou uma "burocracia diabólica", onde mesmo aqueles com toda a documentação certa eram vistos como incômodos.


A desorganização no atendimento é outro ponto crítico destacado pelo professor. O mesmo descreve a falta de suporte para compreensão dos formulários, a ausência de organização no fluxo de atendimento e a necessidade de fazer fotocópias fora do consulado devido à máquina inoperante, ilustrando a falta de respeito pelos cidadãos angolanos.


A incompetência no processo também é evidenciada. Augusto menciona que o atendimento demorou mais de 5 horas, sem consideração por idosos, grávidas e pessoas com crianças. Para disso, destaca a falta de capacidade do consulado em emitir um recibo oficial ou manter uma conta bancária oficial.


Ao tentar resolver suas questões, Augusto entrou em contato com a embaixadora, Balbina Malheiros Dias da Silva, que, indiretamente, pediu desculpas e delegou a resolução ao segundo-secretário dos serviços consulares, Nelson Lutuho. No entanto, a promessa de resolução não foi cumprida, e o professor continua sem os seus passaportes angolanos.


O relato de Asaf Augusto destaca a necessidade de melhorias na eficiência, respeito e competência por parte da embaixada-consulado angolano em Berlim, ressaltando que a imagem externa não deve mascarar problemas básicos de atendimento.