Luanda - O representante do MPLA no programa “Prova dos Factos”, da Rádio Despertar, Aniceto Cunha, foi incapaz de gerir o “travão” entre o seu cérebro e a boca. Falou demais. Despertou e tirou do sério os adormecidos “demônios” da UNITA.
Fonte: Club-k.net
O director da Rádio Despertar não esteve com meias-medidas. Expulsou Aniceto Cunha dos estúdios da estação que dirige como se este fosse um cão tinhoso ou um leproso que tinha aterrado “à francesa (leia-se, sem convite) nas instalações da SOVISMO. Tudo isso aconteceu no dia 19 do corrente mês.
Horácio dos Reis correu com Aniceto da Cunha bem à maneira que, antigamente, se expulsavam os “penetras” que apareciam em festas sem serem convidados: “patos, fora!”. Foi mais ou menos assim.
O director da Rádio Despertar não só botou o representante do MPLA a correr como o humilhou e o escalavrou, alegando que Aniceto Cunha não tinha sido convidado para aquele debate. Que tinha aparecido por sua conta e risco. Por isso tinha que dar o fora. O “espadachim” do partido no poder ficou atônito. Engoliu em seco. Chorou com os olhos secos e foi à Hochi-Min dar nota do ocorrido.
A atitude do director da Rádio Despertar revela uma face oculta e hipócrita da UNITA: a da intolerância política. O Galo negro grita quase sempre a plenos pulmões que o MPLA é intolerante. Ele (o Galo Negro), afinal, também, neste domínio, não fica atrás: está nas curvas!
David Mendes, Ana Margoso, Abdul Ferraz, Ana Karina e Abel Chivukuvuku foram banidos da Rádio Despertar, mais ou menos, pelas mesmas razões: as de criticarem ou discordarem da UNITA. Esta é uma prática que se está a tornar recorrente na emissora do segundo maior partido angolano. A sua direção não se digna dar cavaco sobre estes alegados actos de censura, banimentos e intolerância política.
A UNITA está (juízo meu) mais ou menos a fazer o que os “mestres da Lei” e os “fariseus” faziam nos tempos imemoriais: pedir para não fazer o que faz, mas sim o que diz ao e sobre o MPLA. Com este “incidente”, não se pode deixar de dizer que a UNITA não está a pedi-las. Depois que não venha para hasta pública vitimizar-se e gritar a plenos pulmões: “Aqui D’EL Rei!”
