Luanda - Ponto prévio: A via segura para garantir um bem-estar para a sua família em Angola é associar-se a elite dos governantes angolanos. É a classe que em vez de servir a população, aproveita-se do poder para acumular fortuna mesmo sabendo que milhares de angolanos morrerão.

 

Fonte: Club-k.net

A profissão em Angola que mais mata a de governante

A corrupção mata não só a geração presente como atrasa o desenvolvimento do país. Rouba a oportunidade para a maioria. Se eternizou uma classe privilegiada no governo que na realidade não são os mais inteligentes e capazes para governar o país. A maioria dos mais dotados em Angola em várias áreas do saber são oriundos de famílias desfavorecidas e com menos recursos mas infelizmente o sistema dos aculturados abafa os verdadeiros génios.


Como título de exemplo, para percebermos como o governo corrupto composto por aculturados atrasou o desenvolvimento do país basta ver que anos apos a independencia nacional a maioria dos governantes actuais em Angola foram acariciados com bolsas de estudos em Portugal por serem na altura os mais aculturados/assimilados. É a geração das décadas dos 60 e 70 que por esquemas e não capacidade governa hoje o país.


A maioria desta classe aculturada - perdida em valores angolanos - de regresso ao país após os estudos o propósito nunca foi servir Angola mas sim dar sequência a uma escravatura moderna que tem como pano de fundo "saquear o que o colono branco deixou". Basta ver que mais de 90% da classe dos governantes angolanos têm nacionalidade portuguesa.


Portanto, não é mera coincidência, estes membros do governo mesmo vivendo em Angola acreditam que o país esta a bom caminho. Hora veja: Porque viajam para Portugal para arrancar um dente e sem esquecer que todos enviam os seus filhos para o exterior do país estudar.


Estamos perante o colonialismo dos aculturados. Uma classe que tem como finalidade atrasar o desenvolvimento do país propositadamente porque os interesses pessoais é o objectivo primário.


Fazendo uma análise profunda, em Angola não existe uma refinaria de petróleo de referência porque durante o reinado de José Eduardo dos Santos, a classe privilegiada por ambição optou em não construir uma refinaria porque monopolizaram a compra e venda dos produtos refinados. Estamos a falar de triliões de dólares que invés de serem investidos em Angola fora canalizado para fins pessoais.


Não é necessário ser um economista para saber que com este dinheiro se construiriam centenas de hospitais privados, centenas de escolas públicas e seria possível se construir de várias infra-estruturas públicas.


Enfim, os actuais membros do governo - maioria portugueses - não têm interesse em melhorar as condições de vida da população. São insensíveis, classistas e arrogantes. Tudo isto porque nos "berços" em que cresceram foram ditos que falar língua nacional é para os gentios. Foram ditos ainda que faziam parte de uma família poderosa que sempre teve boas relações com os colonos. Os meninos dos "berço" foram também doutrinados que Angola estaria melhor se continuássemos sob o jugo colonial.


Portanto, não é por acidente o que se passa hoje em Angola. É resultado de termos um governo aculturado e sem sentido de nacionalismo angolano.


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