UÍGE — A Procuradoria-Geral da-República (PGR) iniciou na terça-feira, 28, a acareação de 13 jornalistas da Televisão Pública de Angola (TPA) acusados de calúnia e difamação pela diretora do Centro de Produção na província do Uige.

Fonte: VOA

Numa carta enviada ao presidente do Conselho de Administração, aqueles jornalistas denunciam irregularidades praticas por Rita Solange e pedem a sua demissão.

 

Um dos subscritores da carta, Sebastião Amaral, garante terem provas das supostas ilegalidades cometidas pela diretora.

 

"Fomos ouvidos, fizemos acareação, apresentamos provas das denúncias," confirma Amaral.

 

Entre as supostas ilegalidades praticadas por Solange, os jornalistas apontaram desvios de bens da empresa, uso de dinheiro para fins pessoais, nepotismo, maus tratos aos profissionais, entre outros.

 

Na acariação, na PGR junto dos Serviços de Investigação Criminal, Rita Solange, disse que não retirará a queixa e quer que se faça faça justiça.

 

José Reginaldo, procurador do Ministério Público, que conduzia o processo, foi substituído nesta semana por razões ainda não esclarecidas.

 

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos, que tem estado a assistir os jornalistas, tem estado a manter contato com o Conselho de Administração da TPA, no sentido de juntos levar Rita Solange a retirar a queixa-crime, mas até ao momento não há sinais positivos.

 

Teixeira Cândido diz que, caso não se encontrem um entendimento extrajudicial, "vamos construir advogado".

 

Caso o processo, que se encontra na fase de instrução, for a tribunal, os jornalistas incorrem a uma pena de um a dois anos, caso forem condenados.

 

O jurista da Associação Mãos Livres admite, no entanto, que as penas poderão ser "passíveis de conversão em multa".