Luanda - Está na forja a criação de uma nova força política em Angola, o Movimento Para Mudança (MPM), que segundo os mentores “é fruto de uma profunda reflexão de um segmento de cidadãos nacionais, preocupados e comprometidos com Angola e com os angolanos, no propósito de consolidar a democracia e a salvaguarda do multipartidarismo funcional”.
Fonte: Club-k.net
O partido está a ser dirigido pelo jovem político Ekundy Chissolukombe, antigo diretor de gabinete de Abel Epalanga Chivukuvuku.
Depois da autorização do Tribunal Constitucional, os membros da comissão instaladora do MPM encontram-se neste momento nas 18 províncias do país a recolher assinaturas para formalizarem a criação do partido em seis meses.
Em entrevista ao Club-K, Ekundy Chissolukombe esclareceu que o partido surge “para sermos os porta-vozes de todos aqueles que, tal como eu, já não acreditam nas políticas de quem governa há 48 anos e principalmente de quem, com igual período de tempo, faz oposição, pois mostrou não ser alternativa capaz, por ter defraudado a confiança e expectativa popular no último pleito”.
“Se por um lado é incompetente o MPLA por não conseguir realizar os angolanos em quase meio século, por outro, o é também a UNITA, que não conseguiu alternar o rumo das coisas até aos nossos dias”, disse o político.
Num apelo generalizado, o político com menos de 40 anos com uma longa experiência política, garante que os angolanos não vão continuar a esperar que a sorte bata.
“Angolanas e angolanos, arregassemos as mangas, nos façamos a este amplo movimento de cidadãos patriotas, para mudarmos o curso das coisas no nosso país e no nosso tempo. Constituamo-nos em donos do nosso próprio destino, procurando nos marcos da Constituição e da Lei, servir o nosso torrão natal”, exclamou.
“Surgimos para contribuirmos positivamente na construção do modelo ideal de sociedade para Angola, participando activamente na idealização de políticas públicas enquanto parceiros do Estado e fiscalizando o governo na materialização destas políticas, enquanto partido temporário na oposição”, disse.
Reconhecendo a existência de dificuldades neste novo desafio, diz: “Angola e os angolanos precisam livrar-se do passado, dele reservar apenas as nossas memórias colectivas marcantes ao longo dos tempos que é a nossa história comum. Precisamos evoluir para novas alianças, novas sinergias, para granjearmos o desenvolvimento necessário, capaz de prover a salvaguarda dos povos hoje e gerações futuras amanhã, isso só é possível com trabalho árduo de todos e nos diversos domínios da vida, melhores condições de trabalho, justa remuneração dos trabalhadores, onde a força sindical surge como um verdadeiro parceiro do Estado a reter e não como um obstáculo à governação, como o actual regime a cataloga”.
“Devemos tornar o país num orgulho de todos e não em pai para uns e padrasto para outros, com patriotismo é possível”.