Lisboa - São atribuídas ao brigadeiro Simão Carlitos  Wala sinais de insatisfação quanto ao tratamento que (não) lhe é dado como   figura que comandou a operação militar  que  “matou Jonas Savimbi”.


Fonte: Club-k.net


Nos desabafos que faz, Wala  da a entender  que na Rússia onde foi enviado para estudar na  Academia Militar Frunze era mais valorizado pelo seu  histórico.  Uma das figuras que o estimava e o valorizava  enquanto estudante é o veterano de guerra russo, Serguei Kolomnin.


Quando foi enviado para estudar, alguns sectores interpretaram que o mesmo estivesse a ser desvalorizado. Na realidade, Wala, em conformidade com as normas militares precisava passar por uma academia antes de ser elevado a funções da competência do seu grau militar. No regresso foi colocado como Comandante de Estado Maior (CEM)   em Cabinda. (acasalou-se com uma sobrinha  de JES)


Em sectores militares  consideram-no,  apenas como a figura a quem o regime colocou no terreno para assumir a morte de Savimbi. (O mesmo estava a mais de 100 km de distancia do local onde Savimbi morreu). De acordo com informações previlegiadas, o homem que comandou, de perto,  a brigada que matou Jonas Savimbi é um coronel das FAA identificado por  Yorque, natural de Benguela. Na altura da misericórdia, o mesmo ostentava a patente de tenente coronel. Argumenta-se, em meios militares, que o mesmo desconhece a sua importância dada a condição de  figura iletrada.

 

Uma nova argumentação que corre, é que a morte de  Jonas Savimbi,  a luz da lei de genebra que estabelece normas de guerra  é considerada como “assassinato” e não “morte em combate”. A versão dada pelo general Nunda e citada pelo Semanário Angolense, em 2004,  diz que Savimbi implorou para que não o matassem, porém,  soldados das FAA que estavam no terreno e que falaram na altura a TPA,  salientaram  que o “velho guerrilheiro” foi encontrado a dormir e apanhou os tiros quando levantava. 


A lei de genebra  refere que quando se apanha o inimigo desarmado ou  quando este não reage,  não se deve mata-lo, e caso o matem, a acção passa a ser considerada “assassinato”. Esta argumentação  esta a dar   sustento,  a sectores da oposição em Angola que desde sempre  disseram que a  insistência do regime  do MPLA em repetir “morte em Combate”, esconde uma segunda versão.


Motivos do sustento que levaram a não poupar a vida de Savimbi:


- Não poupar Savimbi,  implicaria negociar com o mesmo. Ao Mata-lo, poria  fim  a  questão da inconclusão da  segunda volta das eleições de 1992


- Era necessário, mata-lo e  poupar os seus dirigentes  a fim de propagar que o mesmo era o único  obstáculo da paz e democracia em Angola. (Savimbi mais um soldado que reagiu  foram os únicos que  morram na coluna; os outros não eram alvo)