Luanda - A Polícia Nacional no Talatona, em Luanda, está a ser acusado de ter detido seis camponeses, dos 23 que foram libertados esta quarta-feira, 18, sob o termo de identidade e residência, no quadro do litígio fundiário entre oficiais superiores da Polícia e das Forças Armadas Angolanas (FAA), na zona do 11 de Novembro.

Fonte: Club-K.net

Os camponeses, dos quais, dois homens e quatro mulheres, foram detidas no terreno em conflito por supostos agentes da corporação e levados para à Esquadra da Polícia da Vila Kiaxi, no município do Talatona.

O facto aconteceu quando os camponeses tentaram impedir um empreteiro chinês, que alegadamente está a erguer obras nos terrenos que os camponeses dizem ser sua propriedade, mas que presumivelmente foi usurpado por altas patentes da PN e das FAA.

“É triste o comportamento do Governo Angolano que não respeita os cidadãos. Usando os cidadãos estrangeiros, a Polícia Nacional reprime os cidadãos no seu próprio país, tal como aconteceu mais uma vez em Luanda, no Camama”, lamentou o porta-voz dos camponeses, Daniel Neto.

Daniel Neto voltou a acusar a Região Militar Luanda (RML), o Comando Provincial da Polícia Nacional em Luanda, que disse terem se juntado ao comandante do Talatona, Joaquim do Rosário, com o apoio do Ministério Público, “oficializando o abuso do poder e o nepotismo s praticados pelos servidores públicos em lei para punir os pacatos cidadãos”.