Luanda - A CRISE QUE HOJE ENFRENTAMOS E QUE MAIS SE MANIFESTA AO NÍVEL DO JUDICIÁRIO É PARTICULARMENTE GRAVE E É PARTE DE UMA CRISE MAIS PROFUNDA, ALARGAGA, GENERALIZADA.

Fonte: Club-k.net

Como alguém já disse, implica que todo o sistema esteja em falência e urge a tomada de medidas de saneamento para a sobrevivência do todo.

 

O que deve começar não apenas por uma Reforma Constitucional séria, mas acima de tudo credível, face o clima de suspeições reinante.

 

As opiniões válidas têm sido ouvidas de académicos, da comunidade de jubilados, de renomados insuspeitos.

 

Vozes que sobressairam, com maior ou menor eco no Congresso da Lei Constitucional.

 

Com respaldo aliás no que foi evidenciado pela campanha das eleições de 2022, que esteve ao rubro.

 

O ambiente de demanda de uma nova constituição, ecoa tanto a nível da Sociedade Civil como na Comunidade Política.

 

É imperioso e já inadiável se pôr mãos a obra, para valer já no próximo pleito eleitoral.

 

Na verdade muita maledicência tem sido ouvida.

 

Provavelmente seria prudente uma Pré Assembleia Constituinte, em ambiente que previgeliasse o envolvimento da academia, independetemente da participação individual dos Juristas que se têm vindo a destacar no espaço público.

 

Tudo isso por si só, certamente que viria a congregar um ambiente mais sadio que recuperaria a credibilidade que se encontra em risco, para que ao nível do debate parlamentar, a partida se ganhasse em elevação.

 


PERSPECTIVAS DE NOVAS DINÂMICAS DE DESENVOLVIMENTO EM FUNÇÃO DAS PROMESSAS DE INVESTIMENTOS DOS EUA E DA UNIÃO EUROPEIA.


O facto de o Corredor do Lobito constituir uma realidade históricamente já testada, que surgiu em razão de uma demanda económica concreta, própria do momento específico da história que o motivou e que foi abraçada pela SADC, faz crer que o projecto em reposição tenha tudo para vingar, sem razões para cepticismos.

 

Acreditar no incremento de novas dinâmicas de desenvolvimento que trarão a concretização das promessas feitas, é fazer fé nos objectivos que nortearam a concepção original do corredor e na sua adaptação à conjuntura actual.

 

É um facto que na geopolítica de hoje, volátil como tem sido descrita, será do interesse de todos encontrarem aí espaços de investimento, numa região que sempre foi alvo de cobiça e as mais variadas manifestações de interesse serão certamente de serem acolhidas sem dramas.

 

Será desejavel que todos tenham espaço, sejam os Americanos, a União Europeia, quer a China e que venha mais quem vier, no quadro das balizas definidas pela SADC, e fazer fé no propósito de parcerias estratégicas diversificadas, em alinhamento com a histórica postura que sempre se perseguiu, adaptada aos tempos de hoje.


Ao longo dos tempos a extensão das linhas férreas, sempre foi uma demanda e os Chineses sempre estiveram por perto, mesmo no tempo da guerra fria em que a China sempre se procurou afirmar como a chamada "terceira alternativa".


E concretizou: a Barragem do Inga, na RDC; a Linha Férrea Lusaka - Dares Salam, (estratégica para o acesso ao Oceano índico); e o campo de treinos de guerrilha do Ilinga, na Tanzânia, aberto a todos os Movimentos de Libertação da África Austral, incluindo o MPLA e a UNITA.


Pelo que nenhum motivo de alarme me parece existir no envio do Ministro Tete António a Beijing, a ser entendido muito simplesmente como um atendimento pontual de um compromisso de rotina diplomática pertinente, do mesmo modo como depois foi enviado para o Botswana, país que promete promover a Candidatura Do alto Dignitário Angolano para a Presidência da UNIÃO AFRICANA, em 2025.

 

A extensão das linhas férreas, justificam o envolvimento de vários parceiros, nos múltiplos segmentos.


Seja na linha do CFL a norte de Malanje e do Uíje, para a RDC , ou nos segmentos CFB ao Sul do Katanga e a Norte da Zâmbia.

 

Será de acreditar no interesse de todos, na minimização do factor tempo, em razão da necessidade em apressar retornos, traduzidos em resultados práticos, em tempo certo de satisfazer a sincronia desejada dos diversos interesses.


Ao potenciar a afirmação do Campeão da Paz em África, a Região da SADC tem neste exacto momento o tempo ideal para cumprir o calendário para implementação das interconexões dos Caminhos de Ferro Regionais e fazer isso agora se afigurará apenas como normal e conveniente.

 

O tempo exacto para se implementar isso é 2024 e o anúncio do Investimento Americano também parece surgir em alinhamento com o mesmo propósito.


Joe Biden terá eleições em finais de 2024 e pode querer encontrar aqui espaço para branqueamento da sua imagem, num momento em parece estar- se desfazendo de Volodymir Zelensqui que começa a ficar entregue a sua sorte, após tanto estrago.


O anúncio inicial dos Americanos foi objectivo, ao referir-se a vias de comunicação, realçando em concreto pontes que haverão muitas em Malanje e no Uije e, mesmo de lado de lá de ambas as fronteiras, até mesmo para despiste de pontenciais ravinas.

 

E pode ser acolhido em solenidade, na ocasião em que escolheu fazer quem o fez e o lugar em que o fez: in situ, na ciscunstância de inauguração do Corredor do Lobito.

 

Nada diz que se terá tratado da opção pela "parte do leão" mas tão sómente em afirmação da parte estruturante, em termos práticos da empreitada.

 

Numa corrida contra o tempo, faz sentido os Americanos priorizarem a responsabilidade pelas pontes e não ser consequentemente extravagante que os Chineses possam ter espaço nas extensões das linhas ferreas, em sincronia, também em 2024.

 

Tudo parece urdido no sentido de o futuro político de JL poder passar por ADIS ABABA, o que corrobora com o interesse em poupá-lo do desgastante stress a que vem sendo exposto nos ùltimos tempos e lá chegar com credenciais e fólego actualizados.

 

PORTANTO TUDO FICA EM ABERTO.

 

A desejada lufada de ar fresco começaria por aí para que o ambiente político de 2027 poder benefeciar de uma elevação natural, decorrente do investimento no aporte das valências aqui esgrimidas e num ambiente enriquecido pelas espectáveis colheitas que poderão começar a fluir de modo progressivo, a partir de 2024, para suprir necessidades de consumo da população que são de ontem.

 

Os nvestimentos por si só não tiram a fome da barriga do povo, por isso as carências de ontem da população, vão ter que transitar para 2024.

 

A solução só pode estar, em boa verdade, na colheita dos resultados.

 

Sobre isso a palavra cabe aos governantes; aos dirigentes, quadros e parlamentares do MPLA, para explicarem a população o que a esta cabe fazer e como fazer, enquanto se continuar a contar com o benefício da paciência do povo.

 

Em segredo fica mesmo como contornar a ira latente que in extremes conseguiu ser contida no processo eleitoral de 2022.


Tudo parece indicar que até ao próximo pleito eleitoral muitos factos políticos novos venham a ocorrer desde os enquadrados nos festejos do 50o. Aniversário da Independência Nacional que faz sentido que venha a ocorrer com acento numa tónica de reconciliação e em apelo a Coesão Nacional.


O mais provável será que até ao próximo pleito eleitoral alguns factos políticos novos venham a ocorrer e que ajudarão a nos encontrarmos já libertos do sufoco que vivemos hoje, e o pleito venha a ocorrer em ambiente de esperanças renovadas.


Tudo parece indicar que em 2027 venhamos a estar diante de uma realidade totalmente outra.


Uma nova realidade a suscitar novos argumentos de razão.


Quem nos próximos tempos partir para ADIS ABABA, se fôr de facto o caso, certamente que em 2027 voltará também refrescado, com nova disponibilidade para servir ali onde fôr chamado, sendo entretanto portador de bagagem enriquecida, com Missão Cumprida na Liderança da SADC e Relevantes Serviços prestados na União Africana.


Com novos apetrechos e quiça uma visão mais esclarecida.

 

Luanda, 24 de Dezembro de 2024.-

 


ASSINADO:


Vasco R. C. L. de Jesus