Lisboa - O escândalo do ano, ou pelo menos o último, até que, porque faltam algumas horas para acabar, é que o João Lourenço está aí para as Ilhas Seicheles com 30 pessoas, pelo menos é assim que as pessoas estão a publicar nas suas redes sociais. Como se fosse algum tipo de escândalo, na verdade não é, o único escândalo aqui é a quebra do protocolo de segurança, porque este escândalo surgiu de uma fuga de informação em que a lista de passageiros foi vazada nas redes sociais. E a senhora que foi presa por cometer este crime, disse que foi um erro porque ela estava a tentar mandar a lista para o comandante de bordo utilizando o WhatsApp, que é uma quebra de sigilo, uma quebra de segurança. Ela devia ter usado um e-mail corporativo em que há controle na difusão das informações. Na verdade, também não é um escândalo porque o presidente está a viajar apenas com 10 familiares, alguns de seus filhos e seus netos.

Fonte: RoboredoGarcia

As outras vinte pessoas são, na verdade, membros da equipe de apoio ao Presidente da República, contando seis membros da tripulação do avião, babás para as crianças, assistente para a Primeira-Dama e para o Presidente, o chefe da sua equipe de segurança e o chefe da Casa Civil.

 

Claro que isso custa muito dinheiro, viajar com trinta pessoas, mas não é nada estranho porque é responsabilidade do Estado angolano e no interesse de todos os angolanos que o Presidente da República esteja seguro, porque toda forma de atentado contra a segurança nacional do país, seja esta uma ameaça externa, como uma guerra, ou interna, como um golpe de Estado, terá na sua lista de ações possíveis.

Sendo que, se a segurança do Presidente da República for deficiente, torna se mais fácil o pais ser vitima de uma ação hostil. E essas ações hostis colocam, por definição, a vida dos angolanos em risco. Não apenas em risco de perder a sua vida, mas em risco de perder os seus bens e de ver o quadro legal do país alterado de maneira não consensual.

Desempenhando as funções de Presidente da República, o cidadão João Lourenço tem o direito de gozar férias. Ainda mais, ele goza férias com os seus netos, tendo em conta a sua idade e o tempo limitado que lhe resta em terra. Este é um direito que não lhe pode ser negado e, aliás, é nossa responsabilidade garantir que ele possa gozar dos mesmos, pois estes são momentos preciosos para qualquer ser humano.

A lista vazada deixa-nos margem para desconfiar de que haja um segundo avião que seguirá para as Seicheles com o presidente. Porém, esta lista do avião B ainda não foi vazada. Isto deixa-me entender que este avião tem apenas pessoal de apoio, como equipe de segurança, equipe médica e equipe administrativa adicional de segundo escalão.

Então, contrariamente à impressão que os oposicionistas querem criar de que esta seja uma viagem exorbitante no estilo de Mobutu Sese Seko, que mandava vir bolos desde a Europa para ele comemorar os seus aniversários, estamos apenas diante de uma situação em que um avô quer desfrutar momentos de paz e de lazer com seus netos, aliás, num lugar que é bonito e de uma forma que devia ser incentivada aqui no nosso continente.

Este episódio nos diz muito mais sobre a mentalidade dos oposicionistas, sendo que eles são capazes de utilizar qualquer informação, seja ela verdadeira ou não, de modo a sujar a imagem do presidente e ganhar vantagem política. Tudo pela bancada, como consta em uma letra de kuduro.


Essas pessoas não percebem que esta maneira de fazer política do tudo ou do nada terá como efeito, a longo prazo, tornar a democracia impossível em Angola.

Porque a definição correta da democracia é a livre escolha de seus dirigentes. Mas, na verdade, é o direito de livre escolha e opções políticas. Ora, é impossível a pessoa ter a liberdade de escolher se a pessoa é incapaz de ter consciência da diferença entre as mesmas. Ou seja, se você não é capaz de perceber a verdade.

É impossível você ter o direito de escolher entre diferentes opções se você não é capaz de ter consciência da diferença entre as mesmas. Ou seja, se você não é capaz de perceber a verdade.

Porque a definição correta da democracia não é a mera livre escolha de seus dirigentes. Mas, na verdade, é o direito de livre escolha e opções políticas. Ora, é impossível a pessoa ter a liberdade de escolher se a pessoa é incapaz de ter consciência da diferença entre as mesmas. Ou seja, se você não é capaz de perceber a verdade.

É impossível você ter o direito de escolher entre diferentes opções se você não é capaz de ter consciência da diferença entre as mesmas.

Ora, esta forma de fazer política que procura criar agitação a todo custo, a todo preço, à custa da verdade, torna a democracia impossível, porque as pessoas não vão conseguir escolher se não têm a capacidade de confiar na veracidade das escolhas disponíveis. Se acham que tudo que se diz é uma forma de sofistica de tentar criar indignação por meio da demagogia.