Luanda - Os hectares de terra pertencentes à Fazenda Terra Verde Empreendimentos Agrícolas SARL e Avinova Empreendimentos Avícolas, S.A, localizados em Sequele, Município de Cacuaco, enfrentam uma situação crítica desde 2002. Centenas de famílias alegam herdar o terreno e construíram casebres, enquanto diversas entidades governamentais cobiçam a área devido à sua localização geográfica estratégica.

*Elias Muhongo
Fonte: Club-k.net

Maria José, Administradora da fazenda Terra Verde e Avinova, fez novas denúncias nesta quinta-feira, 18 de janeiro de 2024, acusando furtos agrícolas e invasões. Alega que a fiscalização e o Administrador Municipal de Cacuaco são coniventes, nada fazendo para conter a ocupação ilegal que já causou prejuízos superiores a três milhões de dólares à fazenda Avinova.

 

Em meio a uma crise econômica e social sem precedentes, Maria José destaca a importância do setor agrícola para a estabilidade e segurança alimentar. No entanto, a disputa pela terra nas zonas urbanas, muitas vezes orquestrada por administrações municipais, cria desafios significativos.

 

A administradora enfatiza que a Fazenda Terra Verde e Avinova é um projeto privado crucial para a produção agrícola em Luanda. Alega que as ocupações no interior da fazenda comprometem a produção de galinhas e ovos, prejudicando a implementação do Programa de Fomento do Ano Agrícola 2023/2024.

 

Denunciando a inação das autoridades, Maria José clama pela intervenção rápida dos governantes, incluindo o Presidente da República de Angola, João Lourenço. Ressalta que a Avinova é um projeto privado milionário na agricultura, reconhecido e com concessões de propriedade e superfície.

 

A fazenda, estabelecida em 2002, é um exemplo de investimento privado milionário no setor agrícola, enfrentando desafios como invasões e furtos ao longo dos anos. A administradora destaca os esforços da empresa para manter as operações, mesmo em períodos de crise como a pandemia de COVID-19.

 

O desafio atual é ainda mais grave para a Aviário da Avinova, dada a alta nos custos de matérias-primas. Maria José reforça que a situação impede a produção acessível a todas as classes sociais, comprometendo o objetivo de levar produtos à mesa de todos os angolanos.

 

Ao denunciar a inação das autoridades locais, incluindo o Administrador Municipal de Cacuaco, Auxilio Jacob, Maria José acusa-os de incentivar a invasão da fazenda e destaca a ausência de apoio da Polícia local e outros órgãos de Defesa e Segurança. O Club-K tentou contato com as autoridades para obter uma resposta, sem sucesso até o momento.