Luanda - O Ministério das Relações Exteriores de Angola convocou na sexta-feira o Encarregado de Negócios da Embaixada da República do Gabão em Angola para pedir explicações sobre um ataque à residência do Presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), Gilberto da Piedade Veríssimo, de nacionalidade angolana.

Fonte: Club-k.net

Angola exige explicações ao Gabão

O ataque ocorreu na quinta-feira, 18 de Janeiro, em Libreville, Gabão. Segundo relatos, homens armados, alguns dos quais envergando a farda das forças armadas gabonesas, invadiram a residência oficial do Presidente da CEEAC e molestaram psicologicamente o Presidente e a sua assistente.


Em resposta ao ataque, a Secretária de Estado para as Relações Exteriores de Angola, Esmeralda Mendonça, manifestou o seu profundo desagrado pelo sucedido e exigiu das autoridades gabonesas explicações plausíveis sobre as reais motivações e propósito do ataque.


A Secretária de Estado apelou igualmente à tomada de medidas severas contra os autores do ataque, que pôs em causa a segurança e a integridade física das entidades daquela organização sub-regional.


O Comunicado Final da 5a Sessão Extraordinária da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEEAC, no quadro do Conselho para a Paz e Segurança em África (COPAX), instou expressamente o Governo da República Gabonesa a continuar a garantir condições de segurança ao Presidente da Comissão, aos membros da comissão e a todo o seu pessoal.

Nos termos da Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, de 18 de Abril de 1961, do Tratado da Comunidade revisto, de 18 de Dezembro de 2019, da Convenção sobre os Privilégios e Imunidades Diplomáticas da CEEAC, de 28 de Agosto de 1987, do Acordo de Sede entre a CEEAC e o Governo da República Gabonesa, de 12 de Janeiro de 1986, bem como de outras convenções e textos jurídicos pertinentes, os funcionários da Comunidade e as suas residências oficiais e privadas beneficiam de privilégios e imunidades.

O Governo de Angola aguarda com expectativa as respostas das autoridades gabonesas ao pedido de explicações apresentado.