Luanda - O primeiro secretário do MPLA em Luanda, Manuel Homem, desconhece o ditado segundo o qual “macaco Velho não mete a mão em cumbuca”. Por isso ainda não se tocou que o Comitê Provincial do Partido MPLA em Luanda está à deriva. Ainda não se apercebeu que o Comitê está armadilhado e tem estado a solapar a sua gestão. Manuel Homem ainda não deu conta que o Comitê Provincial do Partido (MPLA) em Luanda transformou-se numa fonte de “fogo amigo” contra o presidente João Lourenço.

Fonte: Club-k.net

Manuel Homem segue suave, solto, alegre e distraidamente ladeira abaixo sem dar conta que está pôr os pés em areias movediças, enquanto os seus adversários internos contam espingardas em noites de facas longas. Manuel Homem ainda não se apercebeu. Está distraído. Nem parece ser “produto” do SINSE.

O Comitê Provincial do MPLA está a precisar de ordem e disciplina. Neste momento não tem. Está como a “casa da mãe Joana”. Tudo indica que a Manuel Homem falta visão, estratégia e coragem de homem para pôr ordem na delegação do partido rubro-negro na capital, com destaque no seu Departamento de Informação e Propaganda (DIP) que parece estar transformado num bataclã onde cada um faz o que lhe dá na mona.

Soube de várias fontes que, no DIP-Luanda, cada um faz o que quer. A iniciativa privada ou particular tem livre curso. Tão livre que, por estes dias, o DIP-Luanda deu luz verde aos militantes para fazerem o que bem querem e entendem com a imagem do presidente do partido para manifestar o seu apoio à reentré política do MPLA, a ser realizada este sábado na capital do País.

Diversas fontes do MPLA por mim contactadas disseram que cada um pode recorrer ao Photoshop e juntar a sua fotografia à do líder do partido para dizer que o apoia. Mesmo que inocente ou dolosamente se ridicularize o presidente conforme se vê em muitos cartazes disseminados nas Redes Sociais.

São cartazes tecnicamente muito mal elaborados.Esteticamente pouco vistosos e com uma psicologia de opção de cores falha, que magoam a vista. São cartazes que representam a antítese da Comunicação e uma heresia no domínio do Marketing Político. Há cartazes em que se fica com a impressão de que João Lourenço vai inaugurar um salão de beleza no próximo sábado e que é amante de “ninfetas” ou que a prática da pedofilia é-lhe indiferente. É (muito) grave!

O pensador brasileiro Carol Aleixo diz - num dos seus vários devaneios - que vezes há que “bom-senso passa longe e foge de mãos dadas com a burrice para uma visita cordial ao descrédito”. Nem mais! A reserva moral do partido no poder foi-se embora e levou consigo o bom-senso, a inteligência e a prudência. Deixaram os novos-cristãos (militantes de ocasião) de mãos vazias. Não se faz. Deveria ser considerado um crime. Mas já não há volta a dar. É o castigo dos mais velhos à geração “Morango Com Açúcar” que tomou de assalto o partido.

O que se está a passar agora no DIP-Luanda é um desrespeito ao próprio presidente do Partido, decorrente da irresponsabilidade, do excesso da vaidade juvenil e sobretudo da falta de uma coordenação séria e da ausência firme de autoridade no Comitê Provincial de Luanda. Ou seja, João Lourenço é alvo de “fogo amigo” devido à falta de maturidade, profissionalismo e comprometimento político sério do DIP-Luanda.

A Comunicação e Propaganda deve ser missão de homens de barba rija, intelectual e politicamente (bem) experimentados. Não é um espaço para brincadeiras de garotos. Brincar - como se tem dito, agora - é no parque. Não deveria ser no DIP-Luanda. Pelo menos não costumava ser.

Quem está na meia idade lembra-se que os comunicados do DIP paravam o País. Era naquele tempo. Já lá vai. O DIP não é um órgão que deve estar à mercê de gaiatos e ainda por cima amadores que se servem do mesmo para viabilizar a sua vida dissoluta e o seu hedonismo juvenil.

E de quem é a culpa? É de Manuel Homem. Obviamente!