Luanda - Nos últimos tempos, de forma preocupante o país tem registrado uma onda crescente de sinistralidades rodoviárias. A cada ano, milhões de vidas são afetadas por acidentes de trânsito marcando não apenas um custo financeiro elevado, mais profundamente um tributo humano irrecuperável.

Fonte: Club-k.net

Os dados da Policia Nacional revelam que das 429 acidentes de viação, que resultaram em 3.121 mortes e 17.902 feridos. Os principais indicadores de sinistralidade rodoviária comparativamente ao ano de 0022, indicaram um acréscimo no número de acidentes de mais de 1.069, 122 mortes e 2.209 feridos.


A sinistralidade rodoviária muitas vezes encontra suas raízes em fatores como excesso de velocidade, distração ao volante, consumo de álcool e a falta de infraestrutura adequada. Mas para o nosso contexto, o tema infraestrutura acaba agora sendo um bocado duvidoso, o nosso contexto tem que ver mais com a questão “comportamental” dos nossos automobilistas no tocante a convivência rodoviária.


O excesso de velocidade e principalmente sob efeito de álcool tem sido um indicador central do comportamento dos automobilistas nas estradas. A auto- disciplina rodoviária é importante, a maior parte esquece que a condução coletiva deve ser na defensiva que previne não só a si, mas também aos outros de possíveis desastres.


Os acidentes rodoviários não apenas resultam em danos matériais, mas também têm custos humanos significativos. A cada ano, vidas são perdidas, famílias destroçadas, e comunidades afetadas. Além disso, os sistemas de saúde enfrentam uma carga adicional ao lidar com feridos, colocando pressão sobre os recursos que já são limitados.

O governo tem criado formas de prevenir estas e outras graves situações rodoviárias que continuam a acontecer no interior do país. A polícia Nacional estará agora a implementar um novo sistema de radares inteligente no âmbito das medidas de prevenção e segurança rodoviária. Com estas medidas e juntamente com a colaboração de todos nós, espera-se que haja uma redução de acidentes, suas consequências e não só.


Combater a sinistralidade rodoviária é uma tarefa que não somente compete aos órgãos de serviços públicos, é também uma obrigação coletiva enquanto cidadãos, peôes, e automobilistas. A conscientização é a base de qualquer mudança significativa que se deseja ver, as campanhas educativas podem destacar os perigos de excesso de velocidade, do uso do telemóvel durante a condução e dos riscos associados ao consumo de álcool.

Toda ação de conscietização neste preciso momento é mais do que necessária. Informar aos condutores sobre as consequências de suas escolhas pode gerar uma mudança cultural em relação à segurança rodoviária.

Olhando um bocadinho para o panorama geral, no tocante à ações do género, A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo-Os Tocoistas( INSJCM) estará no dia 03 de fevereiro a realizar uma marcha contra a sinistralidade rodoviária e vandalização de bens públicos. De modos, a levar os automobilistas e peões à uma reflexão profunda diante do número de mortes que tem vindo a se registrar no interior do país.


Em suma, combater a sinistralidade rodoviária requer uma abordagem multifacetada e uma participação coletiva que engloba todas as instituições de competência no interior do país, não é somente uma tarefa que compete ao Estado Angolano maquinar soluções. A educação pública, fiscalização rigorosa, e a auto-responsabilidade rodoviária são elementos chaves para se criar um ambiente rodoviário mais seguro.


Ao abraçarmos uma abordagem holística que englobe educação, fiscalização, e programas de conscietização, podemos transformar nossas estradas em espaços mais seguros. Cada acidente evitado serão testemunhos dos impactos positivos que a reflexão e ação coletiva podem ter na segurança rodoviária. Pensemos sobre isto!

Afonso Botáz - Analista & Acadêmico