Lisboa - Manuel David Mendes, renomado jurista angolano mostra-se indisponível quanto ao apelo para defender os trabalhadores do BNA envolvidos no desfalque financeiro daquela instituição bancaria. No contacto exploratório, foi lhe avançada a proposta de USD 400 000 para entrar como advogado de defesa e em reacção o mesmo terá questionado a origem do dinheiro.
Fonte: Club-k.net
Quer antes saber a origem do dinheiro
São lhe atribuído argumentações segundo a qual, ao aceitar, estaria a “comer de um dinheiro roubado”. Aparenta ter como preferência, fazer uma defesa a custo zero do que receber a quantia (de origem desconhecida) que lhe esta a ser oferecida.
Uma das razões que se suspeita da decisão tomada pelo mesmo, prende-se pelo facto de os funcionários do BNA terem um ordenado que em circunstancia normal não obteriam USD 400 000 com a facilidade que aparentam estar disponível a ceder, razão pela qual o advogado suspeita que seja dinheiro proveniente do roubo.
David Mendes é conhecido pela sua verticalidade e envolvimento em processos que as vezes chega a fazer de graça. Em 2006 defendeu, a antiga directora da contra inteligência do SIE, Conceição Domingos sem avançar ou solicitar algo em troca. A entrega na defesa de “causas difíceis”, faz com que lhe chamem de “advogado do diabo”.
É actualemnte o advogado mais solicitado em todo o país. Esteve recentemente no Namibe e deixou amedrontado o Conselho Superior da Magistratura (CSM) da província ao fazer defesa sob a realização de um inquérito para averiguar ou certificar envolvimentos de casos de corrupção que ultimamente tem sido denunciados nas estruturas jurídicas no Namibe.
De recordar que nas véspera das eleições de 2008, foi alvo de cabala por parte do regime do MPLA, destinada a afectar a sua reputação. O mesmo estava a sair do país, para ir efectuar pagamentos relacionados a campanha do PAJOCA, partido ao qual foi SG. Ao ser interditado no aeroporto de Luanda, o regime chamou a TPA, Jornal de Angola e RNA, para o filmarem. De seguida, estes órgãos foram instrumentalizados com informações que insinuavam que o mesmo estava a fugir do país com dinheiro da campanha. Mais tarde, veio a se saber que se tratava de um exagero do regime contra a sua pessoa. (Antes de resolverem o assunto o regime optou por chamar a TPA)