Cabinda  - O Tribunal provincial de Cabinda, condenou na manha desta Quinta-feira, o    activista dos direitos humanos André Zeferino Puaty por crime de segurança de estado. Na sentença  aplicada e lida  pelo juiz Felix  Germano Ngongo, determina que o  argüido vai cumprir  três anos de cadeia e deverá pagar uma taxa de justiça no valor de Kz 40 000.


Fonte: Club-k.net

Regime de JES considera crime contra a segurança de Estado

Para sustentar a condenação, o juiz recorreu a noticias  retiradas da internet e pelo facto de o mesmo  ter em  seu poder  o livro “O Problema de Cabinda Exposto e Assumido à Luz do Direito e da Justiça”, obra do advogado Francisco Luemba, também ele detido, depois do ataque verificado no início do ano contra a selecção togolesa de futebol.


André Zeferino Puaty  teve como  defesa  uma equipa constituída  pelos advogados Arão Franco e Luis do Nascimento. Em reação a sentença, o advogado Arão Franco disse aos jornalistas que a mesma é uma  “aberração”. Salientou que  o acusado não usou tais documentos (livro e papeis retirados na internet) para propaganda ou exibição publica. A defesa, entretanto,  anunciou  que ira recorrer.


Puaty, que era trabalhador da multinacional petrolífera Chevron, foi detido em casa na manhã de 8 de Janeiro, horas depois  do ataque à selecção togolesa que ia participar no campeonato africano de futebol. A empresa empregadora acabou por lhe suspender o vínculo contratual.