Luanda - O tenente coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), Daniel Afonso Neto, negou qualquer ligação com o cidadão angolano Gelson Emanuel Quintas, também conhecido por “Man Genas”, deportado recentemente de Moçambique por alegada entrada e permanência ilegal naquele país do Índico, após denúncias relacionadas ao tráfico de drogas em Angola.

Fonte: Club-k.net

Daniel Afonso Neto é conhecido pela sua defesa dos camponeses contra a usurpação de suas terras no município de Talatona, em Luanda, por supostos oficiais da Polícia Nacional e das FAA. Recentemente, o mesmo foi mencionado por “Man Genas” em um vídeo sobre denúncias relacionadas a um litígio de terra, no qual atua como diretor-geral da empresa “Konda Marta”.

 

Isto é, numa “live” na sua página do “Facebook” a partir de Moçambique, Gelson Emanuel Quintas “Man Genas” terá enaltecido a coragem e determinação de Daniel Neto, na qualidade de responsável da empresa que defende os interesses das camponesas do “11 de Novembro”.

 

Segundo o tenente coronel Daniel Neto, nos últimos dias, algumas figuras envolvidas em alegadas invasões de terras têm tentado associar seu caso com o de "Man Genas", a fim de confundir a opinião pública. Ele esclarece que não fez acusações infundadas contra autoridades sem provas, e que todas as queixas apresentadas foram acompanhadas de evidências desde o início do conflito fundiário em 2016.


Na manhã de 28 de fevereiro, circularam informações sobre a suposta detenção de Daniel Neto, o que ele nega, afirmando que não fez acusações sem base contra as autoridades. Ele denunciou procuradores e membros do governo, alegando que estão envolvidos no esbulho de terras de forma criminosa.

 

“Temos todas as provas do que denunciamos, pois até às crianças sabem do esbulho feito de forma criminosa pelo ministério do Interior e outros órgão do poder político, que detém a governação do país, assim como o Bento Bento, Manuel Pimentel e tantos outros”, disse acrescentando que “alguns procuradores como José Domingos Lino, procuradora Iracelma e o instrutor Paulo Gonçalves do SIC-Luanda”, que no entendimento de Daniel Afonso Neto “trabalham com estes invasores aproveitando-se dos cargos públicos que exercem no aparelho do Estado para o enriquecimento ilícito”, denunciou.