Johanesburgo -  As autoridades angolanas enviaram uma comunicação ao assessor  do ministério  do planeamento e economista  Manuel  Alvés da Rocha  manifestando o  interesse em ter uma prosa com o mesmo. Em causa estará uma entrevista que o  economista  deu recentemente a  um jornal Brasileiro em que mostrou duvidas quanto  ao combate contra a  corrupção por parte do regime  angolano.


Fonte: Club-k.net

Pode ser despedido por  criticar a corrupção 

De acordo com altos funcionários do ministério do planeamento, o economista  informou-lhes que deverá estar disponível  na próxima semana visto que se encontra em visita privada em Portugal.


Alves da Rocha é a cerca de 10 anos consultor do ministério do planeamento em Angola. Em meios cépticos do ministério do planeamento e  com percepção aos procedimentos do regime angolano deixam transparecer que a convocatória ao assessor Alves da Rocha   estaria destinada a informá-lo que as autoridades angolanas não fazem gosto de estender o seu contrato de trabalho que expira  no final de 2010.

 

Alves da Rocha é um dos mais reconhecidos economista em Angola. Goza da admiração  de emblemáticas figuras da socieade académica  como  Justino Pinto de Andrade. Formou-se em Portugal e tem uma  pós-graduações em modelos económicos e práticas económicas restritivas.


Nasceu em Malanje em 26 de Agosto de 1947. Colaborou em diversos trabalhos para o Banco Mundial, Banco Europeu de Investimentos, Organização Internacional do Trabalho e CNUCED. Foi consultor técnico principal de diferentes organismos do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) durante dez anos e nos últimos sete tem trabalhado com a Comissão Europeia em Angola. Tem diferentes trabalhos de investigação sobre a realidade económica e social de Angola e também em África.


Alves da Rocha é autor de vários livros, com o destaque para “Potencialidades e Perfis Industriais da Região Centro de Portugal”, “Questões Actuais e Fundamentais da Economia Angolana”, “Economia e Sociedade em Angola”, “Angola: Estabilização, Reformas e Desenvolvimento”, “Por Onde Vai a Economia Angolana?”, “Os Limites do Crescimento Económico em Angola-As fronteiras entre o possível e o desejável”, “Opiniões e Reflexões”.


É membro do Centro de Estudos Estratégicos de Angola, do Instituto de Estudos Económicos da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto e do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola, da qual é actualmente Director Académico.