Prezado Senhor Ministro dos Transportes,

Venho por este meio, em nome da comunidade Portuária de Cabinda, expressar a nossa profunda preocupação com a situação crítica da Empresa Portuária de Cabinda (EPC). A EPC enfrenta graves problemas de gestão e sociais que afetam diretamente o desenvolvimento económico e social da província.

A sictuação na Empresa Portuária de Cabinda (EPC) é inaceitável e precisa ser mudada. É lamentável que os trabalhadores, enquanto enfrentam dificuldades com baixo poder de compra, más condições de trabalho e falta de seguro de saúde, sejam confrontados com decisões do Conselho de Administração que demonstram descaso com suas necessidades básicas e prioridades.

Pontos críticos:

Compra de viaturas de luxo: A aquisição de 7 Toyota Land Cruiser 70 para o Conselho de Administração, a um custo de mais de 130 milhões de kwanzas cada, enquanto os trabalhadores enfrentam dificuldades, é um exemplo flagrante de má gestão e falta de prioridades.

Cesta básica insuficiente: A cesta básica de 30.000 kwanzas é claramente insuficiente para atender às necessidades básicas dos trabalhadores, especialmente considerando a inflação actual. Um aumento para 100.000 kwanzas seria mais adequado para minimizar a sictuação.

Salários baixos: Os salários no Porto de Cabinda são inferiores aos de outros portos do país, o que contribui para o baixo poder de compra dos trabalhadores e gera insatisfação. Um aumento salarial de 50% seria necessário para minimizar a situação do trabalhador.

Outras questões preocupantes:

Falta de segurança no trabalho: O Conselho de Administração da EPC ostenta o triste recorde de ser o que mais acumula mortes de trabalhadores. Isso demonstra a negligência com o bem-estar dos trabalhadores.

Má gestão e falta de transparência: Há uma percepção generalizada de má gestão e falta de transparência na administração da EPC. É necessário um maior rigor na gestão dos recursos da empresa e na comunicação com os trabalhadores.

Recomendações:

Revisão imediata da política de aquisições da EPC: Priorizar investimentos que beneficiem diretamente os trabalhadores, como a melhoria das condições de trabalho e a compra de equipamentos de trabalho.

Aumento da cesta básica e dos salários: Ajustar os valores de acordo com a realidade económica do país e as necessidades dos trabalhadores.

Melhoria das condições de trabalho: Investir em medidas que garantam a segurança e o bem-estar dos trabalhadores no local de trabalho.

Promoção da transparência e do diálogo: Estabelecer canais de comunicação eficazes com os trabalhadores para informá-los sobre as decisões da empresa e ouvir suas preocupações.

Conclusão:

A situação na EPC exige uma ação urgente e contundente por parte do Ministério dos Transportes. É necessário tomar medidas para garantir que os trabalhadores sejam tratados com respeito e dignidade, e que a empresa seja gerida de forma eficiente e transparente.

Acreditamos que, com a sua liderança, Senhor Ministro, será possível transformar a EPC em um ambiente de trabalho mais justo, seguro e próspero para todos.

Atenciosamente,

Um cidadão preocupado com a situação na EPC