Luanda - Gracy Campos, militante do MPLA em Luanda, denunciou ser vítima de "bullying" por parte de um grupo de dirigentes do partido, após ter criticado o desempenho do secretário do Departamento de Informação e Propaganda (DIP) do Comité Provincial de Luanda (CPPL).
Fonte: Club-k.net
Segundo o relato de Campos, as ofensas e ataques iniciaram-se após ela ter expressado a sua opinião sobre a fraqueza do actual secretário do DIP e a má gestão do DIP de Luanda.
O grupo de agressores, composto por dirigentes do DIP do Aguinaldo do Oliveira do CPPL, incluindo o suposto DIP da Ingombota Osvaldo Carneiro, membros sem identificação e o irmão do secretário, Wankana de Oliveira (membro da Comissão Executiva do partido), recorreu a calúnias, difamações e insultos para silenciar a militante.
Campos relata que a situação no CPPL se tornou insuportável desde a nomeação dos jovens dirigentes pelo governador Manuel Homem.
A militante, filha do veterano jornalista Graça Campos, afirma que o ambiente no Comité Provincial, antes um local de colaboração e entusiasmo, tornou-se tóxico e hostil, com muitos trabalhadores pedindo transferência e os restantes desmotivados.
Apesar das dificuldades, Campos reafirma o seu compromisso com o MPLA e a sua crença na mudança, salientando que a sua participação no partido visa contribuir para o desenvolvimento de Angola e dos angolanos.
A militante critica a falta de comunicação interna e o ataque a quem ousa questionar a direcção do partido, contrariando as orientações do presidente João Lourenço de promover uma comunicação mais aberta e transparente.
O caso de Graça Campos levanta questões sobre a cultura interna do MPLA e a necessidade de combater o "bullying" e a intolerância dentro do partido.