Luanda - No tecido da sociedade angolana, uma pergunta ecoa implacavelmente: quem ordenou o assassinato do Dr. Laurindo Viera? Neste relato, adentramos as profundezas sombrias deste mistério, onde o silêncio dos órgãos de investigação amplifica a sensação de insegurança jurídica e social que permeia nosso país, especialmente neste mês de abril, repleto de lembranças dolorosas.

Fonte: Club-k.net

O vazio deixado pela ausência de uma explicação convincente é uma ferida aberta na alma coletiva de Angola. A falta de transparência por parte das autoridades encarregadas da investigação não só mina a confiança na justiça, mas também deixa o povo desamparado, à mercê do medo e da incerteza.

 

Neste cenário sombrio, surgem questionamentos sobre a integridade e eficácia dos órgãos responsáveis pela aplicação da lei. Como é possível que em uma sociedade democrática, os responsáveis pela proteção e garantia dos direitos dos cidadãos permaneçam em silêncio diante de um crime tão atroz?

 

A figura do poeta Ukwanana emerge como uma voz de resistência e denúncia, clamando por justiça em meio ao caos. Suas palavras, carregadas de indignação e lamento, ecoam os sentimentos de uma nação que anseia por respostas e por um sistema de justiça verdadeiramente imparcial e transparente.

 

Enquanto aguardamos ansiosamente por respostas, é imperativo que não nos resignemos ao silêncio cúmplice das autoridades. Devemos persistir em nosso clamor por transparência e responsabilidade, exigindo que os responsáveis sejam responsabilizados pelo seu fracasso em garantir a segurança e a justiça para todos os cidadãos.

 

Que esta crônica sirva não apenas como um registro dos desafios que enfrentamos como sociedade, mas também como um apelo à ação. Somente através da pressão contínua e da vigilância podemos esperar alcançar uma Angola onde a justiça não seja apenas um ideal distante, mas sim uma realidade tangível para todos os seus habitantes.

 

Críticas às autoridades governamentais:

 

É lamentável que, diante de um crime tão grave, os órgãos de justiça permaneçam inertes, recusando-se a prestar contas ao povo que juraram proteger. Sua inação não apenas mina a confiança na instituição, mas também perpetua um ciclo de impunidade que alimenta a violência e o desrespeito pela lei. Exigimos que as autoridades assumam sua responsabilidade de garantir que os culpados sejam levados à justiça e que medidas sejam tomadas para prevenir futuros atos de violência e injustiça.


*Activista e Defensor Dos Direitos Humanos