Luanda - Raul Santos Diniz, membro do MPLA, mas que se encontra desencontrado com o seu partido, fez declarações contundentes em relação à composição dos tribunais superiores em Angola, alegando falta de idoneidade em alguns dos seus integrantes. No seu depoimento, Diniz criticou a nomeação de indivíduos sem as devidas condições para credibilizar a justiça.

Fonte: Club-k.net

"Os indivíduos que foram colocados no Tribunal Supremo como no Constitucional são pessoas que não oferecem condições para credibilizar a própria justiça", afirmou Diniz destacando especificamente a transferência de uma ex-secretária de Estado Laurinda Cardoso para o Tribunal Constitucional, assim como a presença de um indivíduo com histórico de comportamento desonesto na presidência do Tribunal Supremo.


Sem rodeios, Diniz acusou o presidente do Tribunal Supremo de ser um "ladrão, gatuno, vigarista", e desafiou qualquer tentativa de processá-lo por conta das suas afirmações. "Não me venham com conversas de me ameaçarem novamente com processos, porque provo que o presidente do supremo é ladrão", declarou.


O membro do MPLA também criticou a suposta influência do presidente do Tribunal Supremo Joel Leonardo sobre as decisões judiciais, afirmando que "não podemos continuar com o Presidente do Tribunal Supremo que põe a mãe em tudo", insinuando que tal influência tem sido prejudicial para as estruturas das instituições encarregadas de zelar pela segurança jurídica do país.


As declarações de Raul Santos Diniz geraram repercussão no cenário político angolano, reacendendo debates sobre a integridade e independência do sistema judicial do país.