Luanda - Os trabalhadores da empresa CIFAGOL, localizada no Kikuxi, no município de Viana, em Luanda, vocacionada em reparação de auto bombas de betão e demais viaturas, afirmam que não se trata de um prédio rústico (terreno baldio) como se tem ventilado, mas uma oficina com mais de 40 funcionários, que diariamente labutam para no fim de cada mês, receberem os seus ordenados.
Fonte: Club-K.net
Construída num terreno de dezenas de hectares, a empresa foi constituída em 2017, mas a sua oficina mecânica funciona desde o ano de 2012, com 42 trabalhadores que prestam serviços de serralharia, pintura e mecânica.
Dentro da empresa CIFAGOL, os funcionários dispõem igualmente de uma cozinha onde são servidas as refeições (pequeno almoço e almoço para todos os trabalhadores), existe ainda um corpo de segurança.
O técnico administrativo e assessor dos recursos humanos da empresa CIFAGOL, Victorino Sulano, que acompanhou todas as fases da evolução da referida empresa, considerou a instituição “uma escola” e uma “fonte de rendimento para o sustento da sua família”.
Victorino Sulano revelou que, durante os mais de 12 anos, que trabalha na CIFAGOL, a sua vida social melhorou e destacou a formação dos filhos como um dos maiores ganhos que conseguiu na empresa, apesar de um processo litigante que corre trâmites no Tribunal da Comarca de Viana (TCV), tendo como queixoso um antigo cliente da empresa, identificado por Carlos Alberto Lopes Gonçalves, que pretende se apoderar do património de outro empresário português, José Domingos Vieira.
No local, o Club-K constatou a existência de muitos serviços de reparação de máquinas e outras viaturas de diversas marcas, bem como uma área residencial, facto que contraria os argumentos de um terreno baldio (prédio rústico).
Victorino Sulano disse que muitos trabalhadores entraram sem experiência profissional na empresa na área de mecânica, mas hoje são profissionais competentes”, referiu.
“Hoje, temos serralheiros mecânicos que conseguem reparar e desmontar uma betoneira, uma bomba, um trabalho que anteriormente era feito por trabalhadores estrangeiros”, reforçou.
Mário Manuel José, outro dos mais antigos trabalhadores da CIFAGOL, hoje ocupando o cargo de fiel de armazém, salientou o “espírito humanista” do gestor principal, José Domingos Vieira, que tudo tem feito para manter o emprego que para ele “tem ajudado no sustento da família”.
A empresa enfrenta um processo judicial na 17ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal da Comarca de Viana, em Luanda, envolvendo dois “amigos” empresários portugueses, devido a um património construído por José Domingos Vieira, agora reclamado por Carlos Alberto Lopes Gonçalves, tido como antigo cliente da empresa.