Luanda - A soberania reside no povo. O povo é o dono do poder e este precisa ser exercido respeitando a constituição e a sua vontade. O Kenya é considerado o país mais próspero da África Oriental e das democracias mais fortes do continente. O corajoso povo Kenyiano, como em noutras ocasiões, não hesitou em sair às ruas para protestar contra o projecto de lei das Finanças Maio 2024 que legislava a implementação e/ou aumento de impostos sobre os produtos básicos, como: o pão, as fraldas, os pensos higiénicos, o óleo alimentar, medicamentos contra o cancer... entre outros. A juventude assumiu a vanguarda e a liderança dos protestos como nunca aquele país havia visto. A generação Z está na vaguarda dos protestos no Kenya.

Fonte: Club-k.net

O Kenya é o terceiro país africano com maior dívida à China numa lista de “kilapeiros” encabeçada pela Angola. O Kenya tem uma dívida externa astronómica. Quando os presidentes – dos sucessivos governos - daquele país foram endividar-se não consultaram o povo, não tiveram o aval do povo. E pior, as infraesturas ou demais projectos onde este dinheiro teria sido empregue não corresponde ou não o tanto que se gastou. Para os manifestantes, existe claramente muita corrupção e mal uso destes dinheiros. O Presidente William Ruto (WR) e seus auxiliares continuam a gastar milhões nas suas viagens e outros luxos. A dívida pública é enorme e mal explicada pelo poder executivo. O custo de vida no Kenya está cada vez mais caro.


Há alguns anos que o país recorreu a assistência do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional. Estas instituições impuseram medidas rígidas de austeridade. O projecto de lei das Finanças de Maio 2024 é a forma que o executivo Kenyano encontrou ir de encontro às medidas do FMI. A ideia do Presidente Ruto e seus auxiliares é aplicar e aumentar impostos em quase tudo. O povo foi apelando que o projecto de lei fosse chumbado no Parlamento, mas como o presidente WR tem a maioria conseguiu a aprovar. O povo não teve outra solução senão sair, em massas, para às ruas em todo Kenya e na diáspora. Trata-se de uma grande e vigorosa manifestação maioritariamente capitaneada pelos jovens. O Kenya parou. Nada conseguiu travar os jovens nem as bombas de gás lacrimogéneo, balas de borrachas, balas reais, purretes, canhões de água e afins. Nada conseguiu travar os bravos jovens. Toda a manifestação teve cobertura das redes sociais e da imprensa internacional. Os protestos eram pacíficos. A violência foi iniciada pela polícia na vã tentativa que impedir os jovens de se manifestar. Quando viram os seus irmãs e irmãos a cairem, os jovens não tiveram mãos a medir avançaram até ao parlamento. O número de mortos ronda acima de 22 e incontáveis feridos por todo o país. A polícia que guarnecia o parlamento fugiu em de bandada. Os jovens gritavam “reject the finance bill, Ruto must go!” – Os jovens clamavam para não aprovação, anulação, do projecto de lei das Finanças (impostos) e pedem a demissão do presidente da república. O cidadão não compreende por que razão tem que pagar pela má gestão económica do governo.


Os protestos no Kenya foram espontáneos e mobilizando cidadãos de todas as classes e todas as idades. Destaca-se a participação da Dra Auma Obama, de 64 anos de idade, irmã mais velha do ex-Presidente dos EUA Barack Obama. Enquanto ela dava uma entrevista ao canal de televisão americano CNN explodiu uma granada de gás lacrimogéneo. A violência policial está ser veementemente condenada. Outra cena impactante foi ver um agente da polícia a chorar pelo seu irmão mais novo, morto, que participava na manisfetação. O jovem foi morto pelos seus colegas polícia. O agente devidamente fardado chorava copiosamente. Triste! Aquela cena mostra os dois lados da moeda. A polícia é do povo. Os manifestantes são familiares dos polícias e dos soldados. A polícia não pode cumprir ordens de matar o povo. Matar o povo significa matar os familiares dos polícias. É uma grande lição que se pode retirar entre aquelas centenas de milhares de imagens, vídeos, áudios e lives das manifestações no Kenya.


O Presidente William Ruto, inicialmente, começou classificar os jovens manifestantes de criminosos e arruaceiros, depois de ver que tinha todo o país contra ele, recuou e disse que iria anular projecto de lei (de sua iniciativa), nesta mesma declaração ao país ofereceu-se a negociar com os manifestantes. O povo exige, em contrapartida, a sua demissão, bem como a dissolução do Parlamento. O presidente e o parlamento não estão ao serviço do povo – afirmam os manifestantes.

O Presidente William Ruto tem sido um dos fantoches do ocidente, principalmente, dos Estados Unidos de América. Acordou com os EUA o envio de forças policias Kenyanas para controlar o caos Haiti. Um caos criado pelos EUA e que eles próprios “desconseguiram” resolver.

No Kenya o povo é que manda. O povo Kenyano está demostrar a África e ao Mundo que não se verga diante das políticas injustas de austeridade do Banco Mundial&FMI e muito menos de abusos de poder por parte de pessoas que eles elegeram para os REPRESENTAR. O povo Kenyano diz basta à corrupção, clientelismo e nepotismo. O povo Kenyano acusa o presidente WR de não estar a implementar o programa com que se fez eleger. Uma maioria esmagadora exige que ele se demita.

A dívida externa de Angola à China também astronómica. Quando os presidentes José Eduardo dos Santos (no passado) e João Lourenço (no presente) vão endividar o nosso país, não consultam o povo. Tantos mais de 21 bilhões de dólares emprestados supostamente para ajudar o desenvolvimento. Angola não viu e vê nada deste dinheiro. Angola está cada vez mais pobre. O “tala” dinheiro da China e de outros países (kumbu de kilapi) acaba nos bolsos dos marimbondos do MPLA. As estradas estão cheias de buracos, outras completamentes estragadas, as pontes não se fala, os tais aeroportos são elefantes brancos. A agricultura é quase inexistente. A educação e saúde são precárias. O povo morre à fome, sem medicamentos – uma miséria absoulta. A dívida pública em Angola é estratosférica. Milhões e milhões de dólares. A dívida não é auditada. Ninguém sabe que empresas prestaram tal serviço para o estado. O estado é o MPLA. O MPLA é o estado. E à semelhança do presidente WR, o camarada João Lourenço não pára de viajar para endividar cada vez mais os angolanos. A corrupção, o clientilismo, a má gestão e o nepotismo continuam. Angola está endividada até ao tutano. O povo Angolano, acorde! Balumukenu! Passuki!