Luanda - O 2° Comandante Provincial da Polícia Nacional de Angola, no Zaire, Superintendente-Chefe, Augusto Viana Mateus, em funções de Março de 2020, tem sido apontado como um dos oficiais superiores da corporação, supostamente envolvido no contrabando de combustível na província do Zaire.
Fonte: Club-K.net
Segundo a denúncia, confirmada por fontes da Polícia Nacional, o esquema de contrabando envolve a sua esposa no posto de Nkonko, zona fronteiriço com a República Democrática do Congo (RDC), que como resultado conseguiu adquirir uma viatura de marca Jetur de cor vermelha, cujo processo conta com a cobertura de outros efectivos da Polícia Nacional, que se beneficiam igualmente do “negócio ilícito”.
No dia 3 de Setembro, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, denunciou na cidade do Soyo, província do Zaire, o envolvimento de altos dirigentes do país no contrabando de combustível para a República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com o ministro de Estado, estão identificadas algumas individualidades envolvidas neste fenómeno que ocorre regularmente na província do Zaire, com realce para governantes, antigos governantes, oficiais generais, oficiais comissários, autoridades administrativas a nível provincial e municipais, bem como autoridades tradicionais.
Acrescentou que 52 por cento dos casos de contrabando de combustível no país ocorrem na província do Zaire, para quem o encontro de trabalho serviu para interagir com as autoridades governamentais da província para juntos estudarem mecanismos para se pôr cobro ao fenómeno.
Um dos activista do Zaire disse que o envolvimento de Augusto Viana, comandante interino da província “é do domínio das autoridades por não ser a primeira vez que é denunciado publicamente sobre a sua participação em tais actos que levam o bem público”, pelo que não atende o “silêncio” e a “passividade” dos órgãos de direito.
“O mais agravante é que está a piorar o contrabando de combustível aqui no Zaire, pois tem o envolvimento direito da Polícia Nacional”, reiterou o activista que ressalta que “o comandante do Noki está suspenso das suas funções, porém continua a trabalhar de forma gozada”.
Adianta que os policiais da ordem pública querem entrar na polícia fiscal, pois que o objetivo é aproveitar para fazer dinheiro “é triste que estamos a ver aqui no Zaire “, lamentou.