Luanda - Os docentes e administrativos do extinto Instituto Superior de Gestão, Logística e Transporte (ISGEST), atualmente conhecido como Instituto IPGEST da Universidade de Luanda, estão em alerta e denunciam publicamente a grave situação de pagamentos pendentes que os afeta há mais de quatro anos.
Fonte: Club-k.net
Após a transição do ISGEST para o Estado, os funcionários esperavam que o governo assumisse os ativos e passivos da instituição, incluindo as dívidas devidas ao corpo docente e administrativo. No entanto, até o momento, essa responsabilidade não foi assumida. A dívida total acumulada já chega a cerca de 400.000.000 Kz, impactando diretamente 50 professores que aguardam, há anos, o pagamento de seus salários e outros direitos.
A situação crítica levou muitos docentes ao desemprego e gerou sérias dificuldades financeiras, resultando em problemas de saúde e, lamentavelmente, em alguns casos, até em mortes. Essa realidade é atribuída à inação das autoridades competentes.
Em 2019, a questão foi formalmente apresentada à então Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologias e Inovação, Dra. Maria do Rosário Bragança, que se comprometeu a investigar e resolver o impasse financeiro. No entanto, até agora, os docentes não receberam uma resposta satisfatória.
Recentemente, o atual reitor do IPGEST, Dr. Alfredo Buza, declarou que a responsabilidade pelo pagamento da dívida recai sobre o Ministério do Ensino Superior. Contudo, sob a liderança da atual Ministra, Paula Regina Simões de Oliveira, a situação permanece sem solução.
Diante desse cenário, os docentes e administrativos apelam com urgência ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, e a todas as entidades envolvidas para que assumam suas responsabilidades e resolvam o problema. A retenção prolongada dos pagamentos, além de ser ilegal, tem causado um impacto devastador na vida dos profissionais que sempre trabalharam com dedicação para o crescimento acadêmico da instituição.
Eles exigem que o Estado e o IPGEST cumpram com suas obrigações financeiras, honrando os compromissos e garantindo a dignidade dos que foram diretamente prejudicados por essa grave negligência. Documentos anexos, incluindo correspondências oficiais e provas das tentativas de resolução, reforçam a urgência de uma resposta definitiva e eficaz.