Huambo – O Estado no Huambo concedeu a alienação de um terreno a duas entidades, inicialmente pertencente à empresa Katito e Filhos, mas atualmente envolvido em disputas com Alves Caunda, acusado de falsificação de documentos. A situação também envolve os irmãos Gabriel Felo, que ocupam cargos importantes na Justiça local.

*Jorge Dias
Fonte: Club-k.net

De acordo com apurações, o caso foi alertado há dois anos, quando o processo estava em trâmites judiciais. A empresa Katito e Filhos venceu a causa em primeira instância, mas os irmãos Felo recorreram, alegando corrupção no Tribunal Supremo e no Tribunal Constitucional. O terreno, que deveria ter 1,5 hectares, teria sido irregularmente ampliado para 85.555,42 m².


Moradores do Huambo afirmam que a área de 1,5 hectares era de fato propriedade do falecido Padre Felo, considerando a atual situação como um roubo ao Estado e um prejuízo ao empresário que solicitou a cedência do terreno ao governo provincial.


Alves Caunda não compareceu a várias sessões de julgamento, alegando problemas de saúde mental, embora tenha sido acusado de falsificação antes de qualquer alegação de demência. Ele permanece fora do Huambo, supostamente escondido da Justiça.


Caunda e seus cúmplices buscam amnistia por suas ações, mas críticos argumentam que isso prejudica o Estado e o empresário que pretendia desenvolver o terreno. O Delegado da Justiça, também acusado de falsificação, inscreveu a propriedade como pertencente aos herdeiros Felo, levantando preocupações sobre a integridade do processo judicial.

O caso é considerado um crime contra a Segurança do Estado, pois compromete a estabilidade e a administração pública na província. Testemunhas afirmam que o espaço em litigância nunca foi gerido pelo Padre Felo, e que a verdade precisa ser esclarecida.

imprensa angolana, já havia chamado a atenção para a situação, mas até agora o Ministério da Justiça não tomou medidas efetivas. A nova Direção Geral do Serviço de Investigação Criminal (SIC) deve assumir o caso, dada a gravidade das alegações, que envolvem crimes organizados.

A corrupção no setor da justiça é um problema crescente em Huambo, colocando em risco a gestão do Estado e favorecendo atividades ilícitas. A comunidade local aguarda ações concretas para restaurar a confiança nas instituições.