Washington — A esposa do missionário assassinado em Angola no passado dia 25 de outubro foi presa, confirmou a sua igreja e a organização missionária, SIM Angola.
Fonte: VOA
Beau Shroyer foi esfaqueado nos arredores da comuna da Palanca, no município da Hupata, na província da Huíla, um crime que chocou os membros da igreja americana Lakes Area Vinyeard, no Estado de Minnesota.
Numa declaração, a igreja informou que a sua “tristeza e dor foram grandemente aprofundadas ao sermos informados que a sua esposa, Jackie Shroyer, foi presa por ligação à sua morte”.
“Não tenho palavras para expressar a minha descrença e tristeza por estas notícias”, disse o dirigente da igreja, o pastor Troy Easton, numa declaração em que acrescentou que este último desenvolvimento “é difícil de imaginar e, contudo é muito real”.
Easton afirmou que os cinco filhos do missionário “estão a ser bem cuidados e nós trabalharemos com a SIM USA e a SIM Angola para assegurar que isso vai continuar”.
Beau Shroyer, de 44 anos, a sua esposa Jackie e os seus cinco filhos tinham chegado a Angola em 2021 para trabalhar como missionários em colaboração com a organização SIM.
Numa declaração, a SIM disse também estar “chocada e devastada” com a notícia da prisão da esposa do missionário.
“A SIM agradece às autoridades policiais pela sua diligência em investigar esta questão”, disse a declaração da SIM.
“A liderança da SIM USA está a trabalhar com a SIM Angola e com a igreja dos Shroyers para cuidar dos cinco filhos e de todos os afetados por esta tragédia”, acrescentou.
A cadeia de televisão americana CBS disse que “um representante do Departamento de Estado confirmou a morte de um cidadão americano e que está a par de notícias de que um cidadão dos Estados Unidos foi preso em Angola”, mas não deu outros pormenores.
Não houve até agora qualquer comentário das autoridades angolanas.
A Voz da América também espera uma reação da polícia na Huíla.
Antes, tinha sido divulgado que numa apresentação sobre o trabalho do casal em Angola, Jackie Shroyer se tinha queixado de arrombamentos à sua residência, falta de segurança e “problemas” com guardas contratados