Luanda - A governadora da província do Bié, Celeste Adolfo, acredita que a visita do Presidente norte-americano, Joe Biden, além do carácter histórico, vai impulsionar as relações comerciais entre os dois países.

Fonte: JA

O foco principal dessa interacção, disse a governante, será a consolidação do projecto do Corredor do Lobito, uma infra-estrutura que considera crucial para o crescimento do país.


“Os Estados Unidos, juntamente com outros parceiros europeus, estão a apoiar enfaticamente o Corredor do Lobito, uma infra-estrutura essencial para melhorar as possibilidades de exportação de Angola, da Zâmbia e da República Democrática do Congo (RDC), além de aumentar a circulação de bens e promover o trânsito de cidadãos na região”, afirmou.


Celeste Adolfo acredita, ainda, que a visita do Presidente Joe Biden vai acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, um projecto que, na sua visão, deve concluir a valorização das cadeias de valor agrícola, das matérias-primas críticas, do investimento em infra-estruturas de transporte, assim como da produção e transmissão de energias renováveis.


Empresário Vinevala

O empresário Alféu Vinevala, um dos maiores produtores agrícolas da Região Planáltica do Bié, disse que a parceria entre Angola e os Estados Unidos proporcionará grandes investimentos em diversos sectores, como o dos Transportes, que vão impactar directamente a vida das populações da região e “aumentar as oportunidades de negócios”.


“Tenho fé de que isso abrirá portas para muitos empresários bienos do ramo da produção agrícola, e isso é de grande relevância para o nosso crescimento”, disse.
Vale ressaltar que o Corredor do Lobito passa por 16 localidades de três países, sendo quatro em Angola, nomeadamente as províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico.


Dados avançados pelo consórcio do projecto do Corredor do Lobito indicam que a linha férrea, que deve ser recuperada, modernizada e prolongada, criará benefícios económicos de aproximadamente três biliões de dólares para os países envolvidos e vai gerar mais de 1.250 postos de trabalho durante a sua recuperação e operações.