Luanda - Diz um site de notícias que a Presidência da República encomendou recentemente um estudo para apurar quem reúne os melhores “predicados” técnicos e políticos para render João Lourenço à testa dos negócios do Estado angolano. O veículo omite (não sei se se de forma propositada ou não) a quem o órgão de soberania requisitou tal estudo. Mas revela nomes de polítíticos e técnicos que já mostraram o que (não) valem.

Fonte: Club-k.net

Os visados são detentores de invejáveis “currículos” académicos e políticos. Mas se vistos à lupa e bem compulsados o resultado revela o seguinte: Nota dez em incompetência e “cinco estrelas” na destruição da Coisa Pública. Eis os nomes e flashes da vida e trajectória dos candidatos à “fogueira” ou à “frigideira”:


Esperança Costa (coadjutora de João Lourenço na condução dos destinos da República), Adão de Almeida (chefe da Casa Civil do Presidente da República) Ana Dias Lourenço (consorte do Chefe de Estado) Manuel Homem (ministro do Interior) e Isaac dos Anjos - (de)novo ministro da Agricultura.


Esperança da Costa - Era uma ilustre desconhecida. O País desconhecia-a total e absolutamente até ser alçada para o cargo de vice-presidente da República. A maior parte dos membros do MPLA nunca a tinha visto. Nem mais magra, nem mais rechonchuda. Fosse a votos com a “Mamã Cuiba”, averbaria uma derrota acachapante. Perderia para a sogra de Lopito Feijó. Seria sem dúvidas uma cabazada!


Adão de Almeida – Sai tio, entra sobrinho. É o resultado da “Lei da Compensação” existente no partido (MPLA). Roberto de Almeida foi quem o criou. Está às portas da reforma política. Há que colocar um parente na direcção do partido para perpetuar a relação da família com o poder. Bornito de Sousa deu-lhe o primeiro emprego como seu adjunto no Ministério da Administração do Território. Vendeu ao País a ideia de que o seu “protegido” era um experto em Direito Constitucional e Ciência Política. Hoje é chefe da Casa Civil do Presidente da República. É ele quem com as suas “gaffes” técnico-jurídicas mais expõe o Chefe de Estado ao ridículo. O mito caiu. Bornito de Sousa embarrigou-nos. Uma desilusão!


Ana Dias Lourenço – Foi durante muito tempo ministra do Planeamento. O economista José Cerqueira deveria fazer a fineza de explicar ao País quem fazia todo trabalho técnico da ministra e porque razão ela limitava-se a assinar de cruz e apresentá-lo ao então Presidente da República.


Manuel Homem – Henrique Miguel (Riquinho) está em melhores condições para falar das suas valências. Sabe-se pouco dele. Tem muito por e para mostrar. Tem margem de progressão e afirmação política. Tem de esfolar mãos e joelhos para firmar os seus créditos no seio do MPLA.


Isaac dos Anjos – Discípulo do engenheiro Marcelino Branco ao tempo em que era estudante de Agronomia no Huambo. Foi ministro da Agricultura nos anos 90. O País estava em guerra. Foi governador das províncias da Huila e de Benguela. Tem agora a segunda oportunidade para mostrar o que (não) vale.


João Lourenço está no umbral da saída. Está perante uma encruzilhada: Entre ir embora de mala e cuia, mas impondo o que, com os seus acólitos, recusou a José Eduardo dos Santos: A Bicefalia! Mantendo-se na Presidência do partido ou da República, viola os estatutos do MPLA. Pisotea a Constituição. Medo do dia seguinte à Presidência da República é o que aflige João Lourenço. Há que preparar o “day-after”. O dilema do Presidente da República de turno é: Se ficar, o bicho pega. Se correr, o bicho come!