Luanda - Jean-Bedel Bokassa proclamou-se imperador da República Centro Africana em 1977. Tornou-se conhecido devido à sua “boca louca” e o seu comportamento irracional. As suas declarações foram sempre marcadas por juízos ilógicos e extravagantes. Houve uma altura em que se definia, por decreto presidencial, ser uma figura divina e um líder acima das leis terrenas. Os centro africanos deram conta de uma coisa: Eram liderados por um “estarola”. Alguém com dodói no juízo. O mundo teve a certeza que Bokassa era lunático.

Fonte: Club-k.net

O governador do Icolo e Bengo já está em funções. No decurso do seu falatório de apresentação, Auzílio Jacob prometeu dar ouvidos a todas as forças vivas da circunscrição antes de decidir sobre o que for. Entre encerrar a sua declaração com uma chave de ouro ou enferrujada, o burgomestre do Icolo e Bengo optou pela segunda. Fê-lo com uma risível e desarrazoada afirmação: “(…) Até os animais vão nos ajudar a tomar decisões”. A frase é o sucesso do momento nas Redes Sociais. É a que está a bater! Está a fazer as delícias de quem acompanha com redobrada atenção a política doméstica e os seus protagonistas.

 

Vamos lá ver se nos (des)entendemos: Nem todo activista político está talhado para governação. O facto de se ser um bom agitador de massas não é sinônimo de competência técnica ou política. Auzílio Jacob é prova disso! O País desconhece o balanço da sua gestão em Cacuaco. Quanto ao seu desempenho como governador do Icolo e Bengo, é preciso conceder duas coisas: Tempo e o benefício da dúvida!

 

Auzílio Jacob está a contar com os animais da Kissama para a sua equipa de trabalho. Nem que seja como conselheiros. A ideia é pioneira e absolutamente irreal. A promessa é mirabolante! O governador do Icolo e Bengo corre o risco de tomar decisões irracionais e desorganizadas. Irresponsáveis e desumanas. Por quê ? Porque é aconselhado por animais (irracionais). As criaturas vão ser o centro das atenções da governação no Icolo e Bengo. Os quadros (humanos) vão estar em segundo plano.

 

Os animais vão estar em pé de igualdade que os cidadãos. Vão ter os mesmos direitos. Só não vão poder votar. Por enquanto! Auzílio Jacob considera que os bicharocos vão ter igual ou menos importância nos processos que exigem raciocínio humano e estratégico. Maria Eugénia Neto tem um livro com o título “E NA FLORESTA OS BICHOS FALARAM”. Auzílio Jacob quer tirar a prova dos nove, pondo bichos no seu Executivo que o ajudem a tomar decisões.